Política

A resposta de Moraes ao pedido de Bolsonaro para ir à posse de Trump

Investigado no inquérito da tentativa de golpe e prestes a se tornar réu, ex-presidente está proibido de viajar para fora do país


Reprodução A resposta de Moraes ao pedido de Bolsonaro para ir à posse de Trump
A resposta de Moraes ao pedido de Bolsonaro para ir à posse de Trump

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), respondeu neste sábado (11) ao pedido feito pela defesa de Jair Bolsonaro para que o ex-presidente seja autorizado a viajar aos Estados Unidos para participar da posse de Donald Trump, marcada para o dia 20 de janeiro em Washington.

Bolsonaro, investigado no inquérito sobre a tentativa de golpe e prestes a ser réu, teve seu passaporte retido pela Polícia Federal (PF) e está proibido de deixar o país. Na última quinta-feira (9), o ex-presidente comunicou que recebeu um convite para a posse de Trump por meio de seu filho, Eduardo Bolsonaro (PL-SP), e, a partir disso, sua defesa protocolou um pedido junto a Moraes para que o ministro liberasse sua viagem, anexando um suposto e-mail.

No entanto, Moraes considerou o e-mail apresentado insuficiente para comprovar que Bolsonaro realmente foi convidado para o evento. O ministro solicitou à defesa que apresente um documento oficial que comprove o convite, antes que o caso seja encaminhado para a Procuradoria-Geral da República (PGR) para análise.

De acordo com Moraes, o pedido não foi devidamente instruído, já que a mensagem anexada foi enviada ao e-mail de Eduardo Bolsonaro a partir de um endereço desconhecido: '[email protected]@t47inaugural.com', e não fornecia informações sobre a programação ou o horário do evento.

O passaporte de Jair Bolsonaro foi apreendido em 2024 por determinação de Moraes no contexto da operação Tempus Veritatis, que investiga a tentativa de golpe de Estado no Brasil. Em outubro do ano passado, a Primeira Turma do STF ratificou a decisão de Moraes, que, além de confiscar o passaporte, proibiu o ex-presidente de manter contato com outros investigados no inquérito relacionado ao golpe.

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