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Vítima de enxadada tem parte do crânio removida e guardada na barriga

A operação durou seis horas e ocorreu no Hospital de Base de São José do Rio Preto

Foto: DivulgaçãoHospital
Hospital

Metrópoles - Onias Brito da Silva, de 61 anos, teve parte de seu crânio removida e implantada para conservação na parede de seu abdômen. O ajudante de motorista precisou passar pelo procedimento cirúrgico após ter sido atingido na cabeça por uma enxada durante uma briga, em 18 de outubro, em Bady Bassitt, no interior de São Paulo.

O homem diagnosticado com hematoma e fratura no crânio precisou de drenagem e da cirurgia chamada de craniectomia descompressiva. A operação durou seis horas e ocorreu no Hospital de Base de São José do Rio Preto. Após quase 30 dias internado para recuperação, o homem recebeu alta em 17 de novembro. 

O neurocirurgião e neurorradiologista intervencionista Lucas Crociati Meguins disse que a cirurgia de emergência ocorre com frequência.

“Quando o paciente sofre um trauma, hematoma ou afundamento na cabeça, o cérebro incha, mas o osso não vai aumentar de tamanho. Portanto, tiramos metade do osso da cabeça do paciente para o cérebro sair pela janela que fizemos. Existe um respiro para o cérebro do paciente voltar, porque, se deixarmos o osso totalmente fechado, ocorre morte cerebral”, explicou.

O médico também explicou que a parte do crânio é colocada na parede do abdômen entre a pele subcutânea e acima dos músculos para conservar o osso sem contaminá-lo.

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