Pensar Piauí

Venda de remédios à base de cannabis cresce 156% em um ano

Atualmente, 18 empresas atuam nesse mercado medicinal, sendo uma delas sediada em Belo Horizonte

Foto: DivulgaçãoA maconha e derivados

OTempo - Em 2017, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o registro do primeiro medicamento à base de cannabis sativa (popularmente conhecido como maconha) no Brasil, para o tratamento de pessoas com esclerose múltipla. De lá para cá, a indústria farmacêutica passou a investir cada vez mais em produtos com canabinoides (substâncias extraídas da planta) e já não é mais difícil encontrar os fármacos nas drogarias. Hoje, são 25 produtos dessa natureza com autorização para serem comercializados no país.

Uma pesquisa do portal Cannabis & Saúde mostra um aumento de 156% nas vendas de produtos à base de cannabis medicinal nas farmácias entre 2021 e 2022, movimentando cerca de R$ 77 milhões em um ano. E as prescrições cresceram 487,8% no último ano, sendo que os neurologistas e os psiquiatras respondem por mais da metade dos especialistas que passaram a indicar esse tipo de tratamento. No país, pelo menos 15 mil médicos já fizeram prescrição de medicamentos com canabinoides, segundo o levantamento.

A planta cannabis sativa possui mais de 100 canabinoides já identificados e encontrados nas flores, folhas e caule, sendo que várias dessas substâncias são usadas em diversos países para o tratamento de doenças graves (como Alzheimer e esclerose múltipla) ou mais leves (como insônia e falta de apetite). Os medicamentos autorizados no Brasil contam com esses extratos terapêuticos, mas não contêm o tetrahidrocanabinol (THC) -  substância que faz com que a maconha seja encarada como um entorpecente. Vale lembrar que a legislação vigente não permite a plantação de cannabis - a não ser em casos excepcionais, concedidos pela Justiça.

ÚLTIMAS NOTÍCIAS