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Secretaria da Mulher lança Marcha contra a Misoginia nesta quinta (4)

O objetivo do evento é enfrentar a misoginia, que estimula todos os tipos de violência contra a mulher, sobretudo o feminicídio.

Foto: Reprodução/sempiReunião conjunta das Secretarias de Mulher e Segurança Pública
Reunião conjunta das Secretarias de Mulher e Segurança Pública

O Governo do Piauí, por meio da Secretaria de Estado da Mulher (Sempi), em parceria com o Ministério da Mulher, lança, em âmbito local, a Marcha Nacional das Mulheres Contra a Misoginia. O lançamento será nesta quinta-feira (4), às 10h, na sede da Sempi. O objetivo do evento é enfrentar a misoginia, que estimula todos os tipos de violência contra a mulher, sobretudo o feminicídio.

A misoginia significa o ódio às mulheres, que remete ao feminicídio. O machismo é uma ideologia de superioridade masculina, que prejudica homens e mulheres. Nesse sentido, faz-se necessário enfrentar a misoginia, que é basicamente agressão, violência sexual, objetificação de corpos femininos, depreciação e feminicídio, ou seja, a disseminação do ódio contra a mulher.

No Piauí, segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP) e o Laboratório Elas Viva Lab, foram registrados sete casos de feminicídio, de janeiro a março deste ano. Sendo um em Teresina e seis no interior do estado.

A secretária de Estado das Mulheres, Zenaide Lustosa, pontua que a Marcha Nacional das Mulheres Contra a Misoginia é uma campanha que se intensifica para o enfrentamento ao feminicídio. “Esse crime acontece porque também é uma forma de ódio às mulheres, por isso precisamos acabar com isso no país e no nosso estado. Para que isso aconteça, a gente precisa envolver não só gestores, mas também, paralelamente, os municípios e estado e envolver a sociedade para que a gente possa ampliar essa luta contra a misoginia e o feminicídio”, comenta a gestora.

Zenaide acrescenta que como parte do evento serão realizadas audiências públicas. “Estamos articulando junto à Câmera Municipal de Teresina e Parnaíba e outros municípios. Também teremos a Corrida Contra o Feminicídio, no dia 27 de maio, Dia Estadual de Combate ao Feminicídio, que ocorrerá de forma simultânea em 26 municípios que possuem secretarias municipais, que também dialogam com o Estado para fortalecer as mulheres. Essa proposta vem do Ministério das Mulheres. Em todos os estados do Brasil terá o lançamento dessa marcha nacional, aqui no Piauí é uma campanha contra misoginia e o feminicídio”, declarou Lustosa.

A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, durante o Fórum Nacional de Organismos de Políticas para as Mulheres, com presença de gestoras de todo o Brasil, dialogou a proposta da marcha contra o feminicídio e destaca que “nós temos no Brasil um movimento chamado machoesfera nas redes de internet, esse movimento tem 35 milhões de seguidores e a única função que eles têm é propagar o ódio contra as mulheres. Então, eu estou aqui e vou pensar em todos os estados fazendo uma discussão para que o Brasil se levante contra o ódio das mulheres, o Brasil, os homens, os governadores, governadoras, os prefeitos, os deputados, as pessoas possam dizer: não, não dá! Basta de ódio contra as mulheres! Nós precisamos que as mulheres sejam vistas como cidadãs direito e como tal, ela pode ir aonde ela quiser, fazer o que ela quiser e decidir o que ela quiser e, entre decidir ela quiser, tem o que não queremos. Não queremos morrer, não queremos ser silenciadas, e não queremos ser subjugadas”.

A Corrida Contra o Feminicídio é uma das ações de articulação da Marcha Contra o Feminicídio que está sendo desenvolvida em parceria com a Rede de Atendimento às Mulheres em Situação de Violência e coletivos de mulheres. A ação será realizada na Potycabana, a partir das 6h, no dia 27 de maio. Para participar da corrida, as mulheres farão uma inscrição e receberão um kit de prevenção à violência contra a mulher, além do kit corrida.

A Marcha Contra a Misoginia soma-se às campanhas de prevenção à violência desenvolvida no Piauí e o seu lançamento terá a participação da Rede de Atendimento às Mulheres em Situação de Violência, autoridades governamentais, Conselho Estadual de Defesa dos Direitos das Mulheres e representantes da sociedade civil.

Com informações do da SEMPI

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