Política

PT e PSB pedirão à Justiça mais prazo para definir federação partidária

As legendas apontam que o limite de 1º de março, estabelecido pelo TSE, atropela o prazo da política e inviabiliza a união entre partidos

  • quinta-feira, 20 de janeiro de 2022

Foto: MetrópolesColetiva de imprensa após reunião entre PSB e PT sobre rumos das eleições de 2022
Coletiva de imprensa após reunião entre PSB e PT sobre rumos das eleições de 2022

Dirigentes do PT e do PSB decidiram, em reunião nesta quinta-feira (20/1), entrar com recurso para pedir prazo maior para definição da federação partidária que poderá reunir as duas legendas, além de PCdoB e PV.

Segundo informações do Metrópoles, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR), informou que os advogados de cada legenda já preparam o documento que deverá ser apresentado na próxima semana. A ideia é fazer valer o que diz o projeto aprovado pelo Congresso, que define a formação da federação para depois das convenções partidárias.

Uma norma editada pelo presidente ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso, que também preside o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no fim do ano passado, estabeleceu o dia 1º de março como prazo limite para o pedido de reconhecimento da federação.

Na opinião dos dirigentes, essa norma atropela o “prazo da política”, já que as decisões precisam ser homologadas em cada partido e ainda pelo conjunto das legendas que pretendem compor a federação.

“O prazo de 1º de março é contraditório ao que a lei da federação estava prevendo. O tempo da política não pode ser dado pelo tempo burocrático”, disse Gleisi, após reunião na sede do PSB.

São Paulo

Além de Gleisi e do presidente do PSB, Carlos Siqueira, também participaram da conversa o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, o deputado Paulo Teixeira (PT-SP) e Marcio França (PSB), ex-governador de São Paulo, que pretende lançar sua candidatura ao governo paulista no próximo ano.

Ao mesmo tempo, o PT insiste na candidatura do ex-prefeito Fernando Haddad ao governo, o que tem colocado São Paulo como principal ponto de divergência entre PT e PSB.

Apesar disso, o presidente do PSB reafirmou que o apoio do PSB à candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é assunto já definido no partido.

“Desde o início, o PSB tem definido a defesa de uma frente ampla, porque entendemos que a conjuntura nacional é de um um retrocesso profundo. É fundamental [a união]”, disse Siqueira.

“Vemos no presidente Lula a personalidade política que melhor encarna a possibilidade de um enfrentamento ao atual presidente Jair Bolsonaro”, afirmou Siqueira.

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