Numa rotina de exclusão e violência, morre mais um transveti, Paola Araujo
O crime aconteceu ontem a noite

O Brasil está disparado, no topo do ranking de países com mais registros de homicídios de pessoas transgêneras e ontem a noite, no Piauí, mais um caso foi fazer parte desta negativa lista. Paola Araújo, 31 anos, travesti, foi assassinada a tiros na noite desse domingo (6) na BR-316, próximo ao balão do Porto Alegre, na zona Sul de Teresina. Ela foi alvo de tiros no pescoço, no rosto e no peito direito, e morreu no local, por volta das 23h40.
De acordo com a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), apenas em 2017 foram contabilizados 179 assassinatos de travestis ou transexuais. Isso significa que, a cada 48 horas, uma pessoa trans é assassinada no Brasil.
A diretora da Associação , Bruna Benevides, diz que a violência está atrelada não ao exercício da sexualidade, mas à identidade de gênero. “A gente diz que o machismo é a sementre do ódio e do preconceito. É como se os corpos dessas pessoas que desafiam as normas tivessem que ser expurgados da sociedade. E é isso que a sociedade tem feito”, disse.
Testemunhas informaram que Paola Araujo estava sentada na via, quando alguém se aproximou e efetuou os disparos. O local do crime, segundo a polícia, é um ponto de prostituição. Nada foi levado da vítima.
O nome de registro de Paola é Fábio Ribeiro de Araújo.
O corpo foi levado pelo Instituto de Medicina Legal (IML) e o caso será investigado pelo Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP).
Na rede social de Paola Araújo, amigos lamentam sua morte:










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