Localizado no sul do continente africano, Moçambique vive uma onda de violência que tomou a região nos últimos três anos. Insurgentes islâmicos passaram a promover assassinatos, decapitações e sequestros de mulheres e crianças em vilarejos na província de Cabo Delgado, que fica no norte do país e é rica em rubi e gás natural. 

Em três dias mais de 50 pessoas foram decapitadas. Desde 2007, cerca de 2 mil pessoas foram mortas e mais de 430 mil ficaram desabrigadas no conflito na província de maioria muçulmana - é a religião de um em cada cinco moçambicanos, de acordo com informações publicadas em reportagem da BBC nesta quinta-feira (12).

A organização não governamental Anistia Internacional repudiou as atrocidades do grupo al-Shabab, ligado ao Estado Islâmico (EI), mas também acusou o governo de Moçambique de combater a violência com atrocidades extrajudiciais, entre elas tortura e perseguição. O governo negou as acusações.

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