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Fafá de Belém chora ao falar da morte de Paulo André

Fafá de Belém que interpretou sucessos de Paulo André, eternizando-os

Foto: DivulgaçãoPaulo André e Fafá de Belém
Paulo André e Fafá de Belém

O poeta e compositor Paulo André Barata morreu ontem (25), no dia do aniversário, aos 77 anos. A informação foi divulgada pelo irmão de Paulo André, Tito Barata. Ao lado do pai, o também poeta e compositor Ruy Barata, Paulo compôs clássicos da música paraense como "Pauapixuna", "Esse Rio É Minha Rua" e "Foi Assim".

"Hoje, 25 de setembro, dia em que completou 77 anos, meu querido irmão PAULO ANDRÉ BARATA partiu para o céu infinito. Foi músico e compositor paraense de quatro costados. Torcedor do Paysandu e do Fluminense. Amou os animais e cantou a Amazônia. Dedicou sua vida à criação artística e ao bem comum. Que DEUS o proteja, conduza e o ampare em sua nova caminhada e morada. UM BEIJO, MEU IRMÃO", escreveu Tito Barata.

Paulo André estava internado no Hospital Porto Dias, em Belém, há dez dias. 

Fafá de Belém que interpretou sucessos de Paulo André, eternizando-os, usou o instagram para chorar a morte do poeta. Ela escreveu:

Nada que eu fale ou escreva será do tamanho da minha dor. Recebo atordoada a notícia da partida de Paulo André Barata. Estou embarcando de volta ao Brasil depois de uma semana em que conseguimos falar de Amazônia através dos olhos dos Amazônidas. Onde conseguimos - julgo, pela primeira vez, cantar a Amazônia por cantores, compositores, e a música do nosso Pará. Eu tô completamente atordoada porque algumas pessoas nós nunca imaginamos que irão embora da nossa vida. Há quase 50 anos, junto com Paulo André e Ruy, nós abrimos clareiras, nós rompemos matagais descalços com o facão afiado da poesia de Ruy e a música de Paulo André. Juntos, nós recolocamos um estado chamado Pará na rota do Brasil. Ao compor “Foi Assim”, Paulo André e Ruy Barata assinam um novo hino do estado do Pará. E juntos atravessamos todas as fronteiras do Mundo a bordo desta canção maravilhosa. Com “Esse rio é minha Rua” ensinamos quem somos nós, falamos com firmeza que ‘quem montou na cobra grande não se escancha em puraqué’, com alegria, leveza e irreverência. Eu estou destruída, muito machucada, porque a morte de Paulo André é a morte do abandono do poeta, do não-reconhecimento por anos, da dupla mais importante de compositores do Pará. Ninguém jamais irá apagar a pujança de sua canção. Num mundo em que tudo surge, tudo que é novidade supera a história, NADA é mais importante para a música do Pará do que Paulo André e Ruy Barata, sua poesia, sua coragem, temperamento, vigor, o talento, a personalidade. A alma do paraense foi cantada por eles, e só por eles será cantada em sua plenitude. Me perdoem todos os outros. Vá em paz, meu irmão. Obrigada por tudo. Como disse agora há pouco, no post em que te homenageava pelo seu aniversário, devo a ti momentos inesquecíveis da minha vida. Te amo! VIVA PAULO ANDRÉ! 

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