Corte no Farmácia Popular passa de R$ 3 bi para R$ 1 bi no governo Bolsonaro
O programa foi criado em 2004, no governo do ex-presidente Lula (PT)
A verba destinada à Farmácia Popular - programa de distribuição e subsídio de medicamento - encolheu em um terço no governo Jair Bolsonaro (PL).
Em 2018, último ano do governo Michel Temer (MDB) e ano da eleição de Jair Bolsonaro (PL), o programa tinha R$ 3,047 bilhões à disposição. Para 2023, o governo Bolsonaro previu destinar apenas R$ 1,018 bilhão. "O corte busca preservar recursos para o chamado orçamento secreto", diz a reportagem. O corte de recursos consta no projeto de lei do Orçamento de 2023, enviado ao Congresso Nacional no fim de agosto pela administração federal.
O encolhimento da Farmácia Popular tende a aumentar os gastos com Sistema Único de Saúde (SUS) no futuro, visto que o tratamento medicamentoso de doenças crônicas reduz o volume de internações.
O programa Farmácia Popular foi criado em 2004, no governo do ex-presidente Lula (PT), e fornece medicamentos gratuitamente ou com até 90% de desconto por meio de parceria com farmácias particulares. Mais de 20 milhões de brasileiros usam o programa.
Confira a lista de insumos e medicamentos afetados
Asma: brometo de ipratrópio, dipropionato de beclometsona, sulfato de salbutamol
Diabetes: cloridrato de metformina, glibenclamida, insulina humana, insulina humana regular
Hipertensão: atenolol, captopril, cloridrato de propranolol, hidroclorotiazida, losartana potássica,hipertensão maleato de enalapril
Anticoncepção: acetato de medroxiprogesterona, noretisterona, valerato de estradiol + enantato de noretisterona
Osteoporose: alendronato de sódio
Rinite: budesonida
Doença de parkinson: carbidopa + levodopa e cloridrato de benserazida + levodopa
Glaucoma: maleato de timolol
Colesterol: sinvastatina
Fraldas geriátricas