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A renda dos miseráveis no Brasil foi para os bilionários

O jornalista Mario Vitor Santos, em entrevista à TV 247, falou sobre a volta da fome no Brasil

Foto: ExtraFome

 

247 - O jornalista Mario Vitor Santos, em entrevista à TV 247, falou sobre a volta da fome no Brasil, simbolizada pela foto de capa do jornal Extra que mostra cidadãos “garimpando” restos de carne em meio a ossos em um caminhão frigorífico.

Segundo Mario Vitor Santos, “o fenômeno da constrangedora e repelente disputa por proteína despejada pela caçamba de um caminhão é expressivo de uma outra epidemia que acontece no Brasil, que é a epidemia da fome”, destacando que “nós todos temos convivido com essa situação que nos assedia nas ruas, nas calçadas, nos sinais de trânsito, nas portas dos estabelecimentos, padarias, mercearias”

Foto: ExtraFome

Para ele, “a fome nunca foi tão prevalecente no Brasil como no governo Bolsonaro”. “Nós jamais vivemos uma situação parecida com essa na nossa história”, afirmou.

O jornalista ainda destacou a gravidade do quadro econômico brasileiro por outro lado: enquanto os pobres não têm o que comer, grandes empresas e seus donos bilionários continuam fazendo fortuna por meio do mercado internacional. “Alguma coisa precisa ser feita em relação a este contraste. Empresas como JBS, como a Minerva, grandes frigoríficos, como a BR Foods e outros, têm uma valorização imensa, até porque são grandes produtores de proteína e essa proteína tem grande demanda internacional, tem sua valorização enormemente ampliada. E [essas empresas] se beneficiam da fraqueza do real, do empobrecimento do país diante do dólar, o que beneficia ainda mais o mercado para essas multinacionais brasileiras de proteína”.

“O que aconteceu nesses últimos anos foi o seguinte: a pequena renda dos mais pobres, dos miseráveis do Brasil, mesmo dos mais necessitados, migrou para os mais ricos, para os grandes bilionários brasileiros. A situação é essa. Alguma coisa vai ter que ser feita. Não há dinheiro para os pobres no Brasil, não há dinheiro para os miseráveis. Não há emprego e não há dinheiro. O que sobrou foi a fome. É preciso mudar isso urgentemente”, disse o jornalista.

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