Política

A foto que incomoda o senador Ciro Nogueira

O senador não tratou do desdém de Bolsonaro às diversas tragédias ocorridas no Brasil


O senador Ciro Nogueira, no twitter um ferrenho opositor ao governo, nos corredores de Brasília ao barganhar cargos, nem tanto;  escreveu hoje: 800 reais de “auxílio ciclone” e bye bye Brasil. É isso que Lula 3 oferece às vítimas da tragédia do RS? Até a Índia fica mais perto do coração do presidente do que o sofrimento das vítimas que ele não visitou? Nem mesmo um CICLONE, catástrofe que tirou dezenas de vidas e atingiu a população do RS, sensibilizou o presidente do BRASIL e fez com que ele ao menos adiasse sua viagem para a Índia. Esse é o Lula 3: mora no mundo, passa pelo Brasil. Nossa solidariedade ao povo gaúcho. 

Ciro Nogueira cobra presença de Lula no Rio Grande do Sul. Esquecendo das várias tragédias que o Brasil sofreu enquanto Bolsonaro andava de jetsky pelos mares do país, promovia motociatas com cartão corporativo e nem estava presente nos lugares das calamidades nem anunciava medidas. 

Ciro Nogueira também não posta nada sobre como Bolsonaro tratou uma tragédia mundial como a pandemia. Ciro era chefe da Casa Civil e Bolsonaro dizia que não era coveiro, dizia "chega de mimimi" e classificou o problema mundial como uma "gripezinha". 

Quando Bolsonaro imitou uma pessoa morrendo por falta de oxigênio num desdem às vitimas da covid, Ciro Nogueira ficou calado. 

A seguir as ações do governo Lula no tocante à trajédia gaucha. O texto é ilustrado por uma foto que deve ter deixado o senador piauiense bem incomodado. 

Foto: Cadu GomesWellington Dias e Geraldo Alckimin anunciam medidas de apoio ao RS
Wellington Dias e Geraldo Alckimin anunciam medidas de apoio ao RS

 

Governo cria comitê permanente de apoio, amplia ações de auxílio e fará nova visita ao Rio Grande do Sul no domingo

O Presidente da República em Exercício, Geraldo Alckmin, embarca com uma comitiva neste domingo (10/9) para o Rio Grande do Sul para visitar regiões castigadas pelas fortes chuvas que atingiram o estado. O deslocamento reforça uma série de ações já tomadas pelo Governo Federal desde o início da semana e foi decidido nesta sexta-feira (8/9), após reunião com diversos ministros e secretários. Seguindo orientações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está na Índia para a Cúpula do G20, foi criado um comitê permanente de apoio ao Rio Grande do Sul.
 

“Como disse ao governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, orientei o governo a estar de prontidão. Prontamente, Geraldo Alckmin e os ministros e ministras formaram um comitê permanente de apoio ao Rio Grande do Sul. Estamos atuando em todas as frentes. Maquinário, tratores, distribuição de 20 mil cestas de alimentos e kits de saúde para cerca de 15 mil pessoas. Além disso, o valor de R$ 800 por pessoa será disponibilizado às prefeituras para remediar os danos causados pelas fortes chuvas”, afirmou o presidente Lula pelas redes sociais.
 

“Nós deveremos descer em Lajeado e aí iremos a Roca Sales e, entre Lajeado e Roca Sales, a Arroio do Meio”, adiantou Geraldo Alckmin. Participaram da reunião desta sexta os ministros José Múcio (Defesa), Nísia Trindade (Saúde), Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar), Wellington Dias (Desenvolvimento Social) e Paulo Pimenta (Secom).
 

CESTAS E KITS – Uma das medidas anunciadas por Alckmin é um suporte financeiro repassado às prefeituras. O valor é de até R$ 800 por pessoa desabrigada e serve para os municípios utilizarem em despesas com alojamentos provisórios, alimentação e abrigo. “O critério é por pessoa oficialmente atingida de cada município. O dinheiro é transferido para o município ajudar a atender as famílias desabrigadas”, afirmou Alckmin.
 

Sobre o envio de 20 mil cestas básicas e kits de saúde, Alckmin explicou que milhares de cestas já vão chegar em dois dias. “No domingo chegam as primeiras cinco mil. Essa é a primeira etapa, de um total de 20 mil cestas de alimentos. O Ministério da Saúde já encaminhou os kits de medicamentos para atender a até 15 mil pessoas. É um kit completo: seringas, equipamentos, remédios, antibióticos, soro”, detalhou.
 

Alckmin também ressaltou o papel das Forças Armadas nas operações de apoio desde o início da semana. “A Marinha e o Exército já encaminharam botes solicitados pelo governo do estado e já estão trabalhando na região. Há oito aeronaves disponibilizadas”, dise. Além disso, 450 militares das Forças Armadas estão atuando nas regiões, além do Batalhão de Engenharia presente com equipes e equipamentos (tratores e máquinas).
 

MEDIDAS E AÇÕES DO GOVERNO FEDERAL DESDE O INÍCIO DA CRISE NO RIO GRANDE DO SUL
 

1. Viagem com equipe ministerial e técnicos da Defesa Civil na quarta-feira, 6/9, para avaliar estragos e estabelecer parcerias com municípios e estado para viabilizar a rápida liberação de recursos e ações emergenciais.
2. Nova viagem de comitiva federal ao Rio Grande do Sul no domingo, agora liderada pelo presidente em exercício, Geraldo Alckmin
3. Criação de sala de situação permanente com 10 ministérios trabalhando em força-tarefa.
4. Envio de um valor equivalente a R$ 800 por pessoa desabrigada aos municípios para que as prefeituras custeiem alojamentos, abrigos e alimentação

5. Instalação do Comando Unificado das Forças Armadas para auxiliar nas operações

6. Envio de botes de resgate pela Marinha e Exército desde o início da semana

7. Oito aeronaves das Forças Armadas em ação desde o início da semana

8. 450 profissionais das Forças Armadas trabalhando nos resgates

9. Tratores enviados pelo Batalhão de Engenharia

10. 20 mil cestas de alimentos a caminho, enviadas pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social. 5 mil chegam até domingo

11. Kits de medicamentos para atender 15 mil pessoas enviados pelo Ministério da Saúde.

11. Grupo Hospitalar Conceição, em Porto Alegre, com estrutura especial para socorrer as vítimas.

12. Reestabelecimento de 15 antenas de comunicação das cidades atingidas
13. Antecipação do saque FGTS

MUDANÇAS CLIMÁTICAS - O presidente em exercício ressaltou ainda que o Governo Federal já vinha monitorando e emitindo alertas antes mesmo de as chuvas começarem e destacou que a tragédia é também resultado das mudanças climáticas, um dos principais temas que serão debatidos por Lula no G20, na Índia. “O governo já está trabalhando desde antes do fato ter ocorrido, através da área de alerta do Ministério do Meio Ambiente. Tudo isso é resultado das mudanças climáticas. O presidente Lula está na Índia e um dos temas é a questão do aquecimento global e das mudanças climáticas”, frisou Alckmin.
 

Outro ponto destacado foi o trabalho do Governo Federal para reestabelecer a comunicação nas regiões afetadas. “Em Roca Sales já foi restabelecida e o Ministério das Comunicações e a Telebras estão trabalhando para tentar que todos os municípios tenham a conexão restabelecida até o fim do dia de hoje”.
 

PORTARIA – Desde o início das inundações, o Governo Federal tem prestado apoio aos municípios e famílias afetadas. Nesta quinta (7/9), foi publicada no Diário Oficial da União a Portaria Nº 2.852, que reconhece o Estado de Calamidade Pública em 79 municípios do Rio Grande do Sul. A medida administrativa é fundamental, pois a partir dela os municípios podem pleitear oficialmente recursos emergenciais e outras ações para assistir suas populações.
 

BALANÇO - Segundo o último balanço da Defesa Civil divulgado nesta sexta-feira pelo Governo do Estado do Rio Grande do Sul, as chuvas intensas que causaram enchentes e deixaram estragos em dezenas de cidades gaúchas provocaram 41 mortes, além de 73 feridos, no Rio Grande do Sul. O balanço registra ainda que 3.130 pessoas foram resgatadas nos 85 municípios afetados e que o número de desabrigados é de 3.046, além de 7.781 desalojados. Ao todo, 135 mil pessoas foram afetadas no estado.
 

BENEFÍCIOS - A partir da publicação da Portaria nº 2.852, os municípios podem pleitear uma série de benefícios previstos pelo Governo Federal para esse tipo de situação. Entre eles, a unificação do calendário de pagamento do Bolsa Família, que em setembro tem início na segunda-feira (18.09). A antecipação da parcela do Benefício de Prestação Continuada (BPC), que corresponde a um salário mínimo. Repasse de recursos extraordinários para a rede de assistência social. Envio de cestas de alimentos e Recursos pelo Fomento Rural, no valor de R$ 4,6 mil, a pequenos agricultores que tiveram perda na produção.
 

SOBREVOO E PARCERIA - Na última quarta-feira (6/7), os ministros Waldez Góes e Paulo Pimenta, acompanhados por representantes da Defesa Civil, sobrevoaram alguns dos municípios mais atingidos pelas enchentes e detalharam as ações imediatas do Governo Federal em conjunto com municípios e o governo do Rio Grande do Sul. Uma das principais delas é o auxílio da Defesa Civil e dos técnicos federais para que os planos de trabalho dos municípios sejam entregues ao Governo Federal. Essa ferramenta é essencial para a liberação de recursos com agilidade.
 

Segundo o ministro Paulo Pimenta, existem três situações principais que devem ser trabalhadas no apoio às regiões afetadas. “Uma de ação emergencial, com um plano de trabalho rápido, simples, para liberar recursos em até 48 horas. Isso envolve o quê? Abrigo, água potável, alimentação, lona. Coisas básicas”, explicou.
 

Pimenta explicou ainda que há um segundo tipo de Plano de Trabalho, que é voltado para desobstrução e limpeza de vias. O terceiro tipo de Plano de Trabalho envolve a reconstrução. “Envolve pontes, estradas, praças, escolas, postos de saúdes. Enfim. Esses planos são independentes. Não precisa esperar um para fazer o outro. Por isso é que foi importante a ida das equipes da Defesa Civil ao estado. Elas estão lá para orientar as prefeituras na elaboração dos planos de trabalho desde terça-feira”, explicou o ministro da Secom.


FGTS – Em outra frente de apoio, a Caixa Econômica Federal vai liberar o saque do Fundo de Garantia de Tempo de Serviço (FGTS) por calamidade para trabalhadores residentes em municípios do Rio Grande do Sul atingidos pelo ciclone. O Saque Calamidade do FGTS é uma modalidade em que o trabalhador tem direito a sacar uma parte do saldo da conta do FGTS por necessidade pessoal, urgente e grave decorrente de desastre natural. É necessário possuir saldo na conta do FGTS e não ter realizado saque pelo mesmo motivo em período inferior a 12 meses. O valor máximo para retirada é de R$ 6.220.

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