Segurança Pública

Veja mais fatos sobre a jovem atingida pela PRF no Natal

Juliana Leite Rangel, 26 anos, foi levada ao hospital ,e o estado de saúde é considerado gravíssimo


Reprodução Veja mais fatos sobre a jovem atingida pela PRF no Natal
Estado de Juliana Raquel ainda é gravíssimo

Juliana Leite Rangel, de 26 anos, estava a caminho da ceia de Natal quando foi baleada na cabeça durante uma abordagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no Rio de Janeiro, na noite desta terça-feira (24). Ela estava em um carro com a família no momento em que o veículo foi alvo de disparos.

Inicialmente, os policiais teriam dito à família da jovem baleada que teriam sido alvo de disparos antes de abrir fogo contra o carro. As vítimas rechaçam a versão e dizem que os agentes saíram da viatura já atirando.

A Polícia Federal (PF) abriu um inquérito para investigar o caso. Os três agentes foram preventivamente afastados de suas funções e tiveram dois fuzis e uma pisto apreendidos para perícia. A Corregedoria da corporação também abriu procedimento disciplinar para apurar o fato. O estado da vítima é gravíssimo.

Juliana Rangel foi baleada na Rodovia Washington Luiz, na véspera de Natal, em Duque de Caxias, dentro do carro onde estava com a família. O pai da vítima, Alexandre da Silva Rangel, de 53 anos, que dirigia o veículo, disse que, ao ouvir a sirene do carro da polícia, ligou a seta para sinalizar que ia encostar. No entanto, segundo ele, os agentes saíram do veículo atirando. Assista ao vídeo:

Juliana Rangel foi baleada na Rodovia Washington Luiz, na véspera de Natal, em Duque de Caxias, dentro do carro onde estava com a família. O pai da vítima, Alexandre da Silva Rangel, de 53 anos, que dirigia o veículo, disse que, ao ouvir a sirene do carro da polícia, ligou a seta para sinalizar que ia encostar. No entanto, segundo ele, os agentes saíram do veículo atirando. Veja:

Em nota, a Polícia Federal informou que, após ser acionada pela Polícia Rodoviária Federal, uma equipe esteve à cena do crime para realizar as medidas iniciais, “que incluíram a perícia do local, a coleta de depoimentos dos policiais rodoviários federais e das vítimas, além da apreensão das armas para análise pela perícia técnica criminal”.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, lamentou o ocorrido e informou que a pasta está empenhada para que as responsabilidades sejam devidamente apuradas.

“A polícia não pode combater a criminalidade cometendo crimes. As polícias federais precisam dar o exemplo às demais polícias”, disse.

PRF que mataram Genivaldo Santos são condenados

Os ex-policiais rodoviários federais William Noia, Kleber Freitas e Paulo Rodolpho foram condenados a 23 e 28 anos de prisão após o assinati de Genivaldo dos Santos, de 38 anos, em Umbaúba (SE).

Como se não fosse nada, Genivaldo foi atirado ao porta-malas da viatura da PRF e submetido à inalação de gás lacrimogênio, em mais de 2022. A condenação acontece 2 anos, seis meses e 14 dias depois.

  • William Noia, que abordou Genivaldo desde o início da ocorrência e segurou a porta da viatura após a bomba de gás lacrimogêneo ter sido jogada no porta-malas, recebeu pena de 23 anos, um mês e 9 dias;
  • Kleber Freitas, que fez, por cinco vezes, uso de spray de pimenta contra Genivaldo, recebeu pena de 23 anos, um mês e 9 dias;
  • Paulo Rodolpho, que chegou após a abordagem já iniciada, jogou a bomba e segurou a porta, recebeu pena de 28 anos.

As defesas ainda podem recorrer da decisão.

O trio era acusado por tortura e homicídio triplamente qualificado. No entanto, o Júri Popular desclassificou o crime de homicídio doloso para os réus William Noia e Kleber Freitas, que passaram a responder por tortura seguida de morte e homicídio culposo - quando não há intenção de matar. Os dois foram sentenciados diretamente pelo juiz federal Rafael Soares Souza, da 7ª Vara Federal em Sergipe. Já Paulo Rodolpho, foi sentenciado pelo Júri Popular que o absolveu pelo crime de tortura e o condenou pelo homicídio triplamente qualificado.

Os ex-prfs estão presos desde 14 de outubro de 2022, e foram demitidos da PRF após determinação do Ministro da Justiça em agosto de 2023.

No final da manhã do dia 25 de maio de 2022, Genivaldo, que tinha esquizofrenia, foi parado por estar pilotando uma motocicleta sem capacete. A perícia feita pela Polícia Federal durante as investigações concluiu que a vítima passou 11 minutos e 27 segundos em meio a gases tóxicos, dentro de um lugar minúsculo e sem poder sair da viatura estacionada.

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