Transferido para Brasília, Bolsonaro não sabe se fará nova cirurgia
Ele com uma obstrução parcial do intestino

O réu em processo no SFT, Jair Bolsonaro, deixou no fim da tarde deste sábado (12) o Hospital Rio Grande, em Natal (RN), onde estava internado desde a sexta-feira (11). Ele foi transferido para Brasília em uma aeronave equipada com suporte de UTI, conforme decisão tomada em conjunto com a família e seu médico pessoal, Cláudio Birolini.
Segundo boletim médico divulgado mais cedo, a mudança de cidade foi motivada pela proximidade com familiares e pela necessidade de acompanhamento contínuo de sua equipe médica. "Por decisão pessoal do senhor ex-presidente, com a família e o médico pessoal, visando a proximidade com entes queridos, ele será transferido em aeromédico para Brasília", informou o comunicado.
Cláudio Birolini, que viajou à capital potiguar na madrugada de sábado, atribuiu o problema de saúde à facada sofrida por Bolsonaro durante a campanha eleitoral de 2018 e às cirurgias abdominais subsequentes. O diagnóstico atual é de suboclusão intestinal — uma obstrução parcial do intestino —, que respondeu positivamente às primeiras medidas terapêuticas adotadas.
“No momento, descartamos a necessidade de uma cirurgia de emergência. No entanto, a condição que desencadeou esse quadro persiste e requer reavaliações periódicas”, explicou o médico.
Quadro clínico estável
Ainda de acordo com o boletim, o estado de saúde de Bolsonaro se mantém estável, com sinais vitais e exames laboratoriais dentro da normalidade nas últimas 24 horas.
Bolsonaro passou mal na manhã de sexta-feira, enquanto cumpria agenda na cidade de Santa Cruz, no interior do Rio Grande do Norte. Ele foi transferido para Natal de helicóptero, disponibilizado pelo governo estadual.
Em vídeo publicado nas redes sociais, ele afirmou que ainda será avaliado para se determinar a necessidade de uma nova cirurgia abdominal — que, caso confirmada, será a sexta desde o atentado em 2018. Ele já passou por uma série de exames no Hospital DF Star, onde permanece sob cuidados médicos.
O cardiologista Leandro Echenique, integrante da equipe que acompanha Bolsonaro, afirmou que os exames de imagem realizados às 23h de sábado serão fundamentais para definir os próximos passos. “Se a cirurgia for confirmada, será um procedimento extenso. Trata-se de um abdômen que já passou por múltiplas intervenções cirúrgicas desde 2018”, disse.
De acordo com Echenique, a possível cirurgia será do tipo aberta, com o objetivo de corrigir a obstrução das alças intestinais. Ele ressaltou que o quadro é estável, o que significa que, embora não haja piora, também não há melhora significativa.
Bolsonaro está sendo acompanhado exclusivamente por médicos. A família — incluindo a mulher Michelle Bolsonaro e os filhos — permanece em contato frequente com a equipe médica, mas não está presente no hospital, conforme informou o senador Rogério Marinho (PL-RN), que acompanhou o ex-presidente durante o voo de transferência.
A aeronave pousou na capital federal às 21h36 de sábado. Bolsonaro foi imediatamente encaminhado por ambulância ao Hospital DF Star. No local, um pequeno grupo de apoiadores (8 pessoas) o aguardava e fez orações enquanto ele acenava ao sair do avião.
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