Teresina: uma falsa alternância e atos administrativos que prejudicam a população
A alternância de poder é algo benéfico, caso seja para promover mudanças e transformações
Por Antônio Luís Oliveira, escritor e especialista em Gestão Pública
A alternância de poder é algo que deve ser repensado por vários cidadãos e cidadãs, principalmente pessoas que tem poder de influenciar grupos da sociedade. A alternância de poder é algo benéfico, caso seja para promover mudanças e transformações.
O que ocorreu em Teresina nas recentes eleições municipais, onde foi eleito o Dr Pessoa, foi algo totalmente prejudicial à sociedade teresinense. Primeiro, vamos voltar ao passado e constatar que em termos de partido não houve uma alternância, visto que a gênese tucana na Prefeitura de Teresina data de 1985 com a eleição de Raimundo Wall Ferraz prefeito pelo PMDB. Então, não houve alternância de poder e, sim, continuidade, visto que o PMDB continua no poder com a eleição de Dr Pessoa. E na verdade nunca saiu do poder, sempre conseguem um jeito de estar no governo, mas isso deve ser analisado em outro momento. Então, não é alternância e sim uma continuidade, mas, em termos de qualidade administrativa, muito inferior ao início com Wall Ferraz e as administrações que vieram depois.
Temos hoje um genocida, fascista e psicopata na presidência do Brasil. E em Teresina um administrador que pratica seus atos tendo como modelo o presidente Jair Bolsonaro. Sobre o prefeito de Teresina, ainda precisamos buscar os especialistas para enquadrá-lo em alguma ou várias patologias. Como se não bastasse o prefeito e o presidente, temos o vice-prefeito, que além de vice, é secretário de Finanças. Robert Rios, um poço de arrogância.
Logo no início do governo já tivemos os primeiros sinais do que estava a caminho. Os convênios com entidades que trabalham com causas sociais, como a Fazenda da Paz, sofreram seus primeiros golpes, em seguida a Ação Social Arquidiocesana e servidores públicos.
A gestão dos problemas da pandemia e soluções seguem o discurso do governo federal, se contrapondo às medidas da OMS e da ciência. E, por causa da má gestão, exames para diagnosticar a covid estão demorando mais de cinco dias para serem entregues, impossibilitando assim uma intervenção no problema, evitando o aumento da contaminação pelo coronavirus.
Nas eleições que virão, caso nossa democracia seja mantida e caso reste como critério de escolha somente a alternância, não devemos votar em uma alternância maléfica, que além de praticar os absurdos acima, nomeou para a Coordenadoria de Mulheres, um homem.
OBS: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do pensarpiauí.
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