Teresina é pobreza, esgoto a céu aberto e muito lixo
São dados do IBGE que revelam essa situação

Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para a capital piauiense traz uma fotografia nada animadora. A cidade registra aumento da pobreza e o pior índice de esgotamento sanitário e de coleta de lixo dentre as capitais brasileiras. As informações são da SÍNTESE DOS INDICADORES SOCIAIS, referente ao ano de 2018.

De 2017 para 2018, houve um aumento dos indicadores da situação de pobreza e extrema pobreza em Teresina. A capital ganhou quase 28 mil novos declarados pobres (passou de 26,2% para 29,3% da população – em números, eram 224.272 e, hoje, são 251.980), o que dá à capital a sexta colocação dentre os maiores indicadores das capitais do país, acima da média observada para o Brasil, que foi de 25,3% da população.
No que se refere à situação de pobreza extrema, quase que dobrou o número de pessoas nesta situação, saltanto de 3,2% para 5,3% da população. Eram 27.392 pessoas em situação de extrema pobreza e, agora, são 45.580. De acordo com o IBGE, o aumento da pobreza no município de Teresina pode estar ligado a um aumento na taxa de desocupação (desemprego) da população entre 2017 e 2018, que chegou a atingir 10,6% no terceiro trimestre de 2017, com 48 mil pessoas desocupadas, e aumentou para 13,3% no quarto trimestre de 2018, com 59 mil pessoas desocupadas.
Com relação ao acesso aos serviços de saneamento básico, a Síntese dos Indicadores Sociais do IBGE apontou que, dentre os itens pesquisados, Teresina ocupa a primeira posição dentre as capitais brasileiras em “ausência de esgotamento sanitário por rede coletora ou pluvial” e “ausência de coleta direta ou indireta de lixo”.
A pesquisa revela que 91,2% das pessoas residentes no município não tem acesso ao esgotamento sanitário. O Estado do Piauí tem um indicador da ordem de 93% (também o maior do Brasil dentre os estados), pouco acima daquele verificado para Teresina. No Brasil a média de ausência desse serviço é de 35,7%, ou seja, duas vezes e meia menor que a verificada para Teresina. O menor indicador no país é o de Vitória/ES, com 0,2%.
Teresina tem o maior indicador do Brasil no indicador de ausência de coleta de lixo com 6,1% das pessoas não tendo acesso àquele serviço básico. O Estado do Piauí tem um indicador da ordem de 28% (o segundo maior do Brasil), aproximadamente 4,5 vezes o registrado para Teresina. Para o Brasil, a média observada foi de 9,7% de ausência de coleta de lixo. A capital do país com o menor indicador (0%) foi Florianópolis/SC, onde a população era totalmente atendida na coleta de lixo.
Na capital piauiense ainda existe registro de ausência de abastecimento de água por rede geral, com 2,8% da população não dispondo de acesso a esse serviço.


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