Por Walcy Vieira, jornalista, no walcyvieira.com

Sempre que tem oportunidade, Sílvio Mendes repete o mesmo discurso demagogo de que “não é político”. Ele se desfaz da política, mas só como secretário de saúde e prefeito de Teresina, Sílvio já soma aí perto de 20 anos de carreira. Isso sem falar nas vezes em que ele perdeu eleições tentando ser governador e vice-governador do Piauí. Dê um google aí e você poderá constatar que, nos últimos 30 anos, Sílvio foi muito mais político do que médico. O resto é conversa pra boi dormir.

A bem da verdade, boa parte dos problemas que hoje Teresina enfrenta, como o do transporte público ineficiente, são herdados do tempo em que Sílvio foi prefeito, e nada fez para solucioná-los. Por que haveria de fazê-lo agora? Por que não fez antes?

A estratégia de se desfazer da política se assemelha à de Jair Bolsonaro, o político aliado de Sílvio que hoje ele esconde, que tem no currículo mais de 30 anos de mandato, mas que, ainda assim, se autodenomina de “outsider”, ou seja, aquele cara que não comunga com a política, que é de fora da política, que não vive de política. Papo furado!

Esse tipo de gente talvez seja o que a política tenha de pior: elementos que se travestem com um discurso demagogo para enganar a população e se desfazem da política para se eternizarem nela, em projetos particulares de poder.  

Essa narrativa de Sílvio quer nos enganar vendendo uma imagem de um senhor altruísta, de bom moço, de um médico que dá uma pausa na medicina para salvar Teresina. Na realidade, Sílvio mente! Ele, na verdade, apenas representa a velha política, a cafona política, a retrógrada política de enganar o eleitor para se eleger. Se ele fosse o que diz ser, Teresina ainda não agonizaria até hoje com problemas simples de resolver, mas que ele não resolveu nos seus 30 anos de política.

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