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Sempi realiza oficina de escuta dos movimentos sociais “Trilhando Caminhos” para construção do Plano Estadual de Prevenção ao Feminicídio

A iniciativa visa fortalecer as políticas públicas de enfrentamento à violência contra a mulher e reduzir os índices de feminicídio no estado


Secom Sempi realiza oficina de escuta dos movimentos sociais “Trilhando Caminhos” para construção do Plano Estadual de Prevenção ao Feminicídio
Oficina “Trilhando Caminhos”

Nesta sexta-feira (27), a Secretaria das Mulheres do Piauí (Sempi) realizou a oficina Trilhando Caminhos, com o objetivo de dialogar com movimentos sociais sobre a elaboração do Plano Estadual de Prevenção ao Feminicídio e principalmente realizar a escuta qualitativa. A iniciativa visa fortalecer as políticas públicas de enfrentamento à violência contra a mulher e reduzir os índices de feminicídio no estado.

A atividade reuniu representantes de diversos segmentos da sociedade civil para promover uma escuta ativa sobre as lutas e demandas enfrentadas nos territórios onde vivem as mulheres mais vulneráveis à violência.

“Foi um momento muito importante, pois promovemos uma escuta atenta sobre as lutas e dores que essas mulheres enfrentam nas comunidades, que é a base, o território onde estão a maioria das mulheres vítimas de violência. Principalmente mulheres negras, mulheres com deficiência, mulheres travestis, mulheres em situação de rua e também mulheres com questões de saúde mental. A roda de conversa foi bastante proveitosa. A partir dela, tiramos vários encaminhamentos, que agora serão sistematizados para dar início à elaboração do nosso Plano Estadual de Prevenção ao Feminicídio”, explicou a diretora de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres da Sempi, Ana Cleide Nascimento.

Para Ayra Dias, mãe da Casa di Manicongo, coletivo artístico-político de cultura Ballroom em Teresina, o momento foi fundamental para pensar o papel do Estado na construção de políticas efetivas. “É importante reconhecer que não conseguimos otimizar políticas públicas sem a participação do movimento social, que está na linha de frente no enfrentamento às violências. Se a gente não escuta a base, não consegue fazer com que essas políticas funcionem de maneira eficaz”, destacou.

Ayra reforçou ainda a necessidade de ampliar o diálogo com a juventude e de considerar os diferentes perfis das mulheres atingidas pela violência. “É fundamental saber quem são essas mulheres e de que forma o Estado pode produzir políticas públicas que realmente as atendam, especialmente considerando que, muitas vezes, é o próprio Estado quem também produz violência”, completou

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