Prefeitura de Teresina encerra contrato com Balé da Cidade
Há 30 anos fomentando a pesquisa e a dança na capital, companhia deixará de assistir pelo menos mil crianças
“Tem gente que acha que ser bailarino não é profissão”. Foi assim a resposta que chegou após o Pensar Piauí questionar os motivos que fizeram com que a Prefeitura de Teresina rompesse seu contrato com o Balé da Cidade de Teresina, companhia pública e profissional de dança contemporânea da capital.
O Balé publicou nessa quinta-feira (18), uma carta em que reitera a decisão de ruptura unilateral do Palácio da Cidade. Sem o vínculo com a Fundação Municipal de Cultura Monsenhor Chaves, todos os funcionários da companhia estão sob aviso prévio.
“Após meses intensos de busca por diálogo e inúmeras reuniões com a gestão pública municipal, informamos que não conseguimos reverter a decisão de rescisão unilateral do contrato de gestão e, consequentemente, não houve renovação do mesmo com a Fundação Municipal de Cultura Monsenhor Chaves, comprometendo assim o vínculo trabalhista com os colaboradores”, diz trecho da nota.
Através de bailarinos profissionais, o Balé da Cidade era, até então, responsável por estudar, criar e fomentar a dança em Teresina. Fazer com que a dança fosse vista de uma forma ainda mais profissional, para além da primeira camada do “entretenimento”.
Janaína Lobo, coordenadora artística do Balé da Cidade de Teresina sobre a ruptura unilateral do contrato com a Prefeitura de Teresina. 65 funcionários estão sob aviso prévio. pic.twitter.com/lQ0iKABooy
— Renato Rodrigues (@FalaRenato_) April 19, 2024
Parte do todo
O Balé da Cidade é um braço que compõe o corpo da Associação dos Amigos do Balé da Cidade de Teresina, responsável por garantir o convênio com a prefeitura e Fundação Cultural. De acordo com o Balé ao Pensar Piauí, são 65 profissionais entre técnicos de som, iluminação, camareiras, costureiras, bailarinos, ensaiador, coordenação artística, produção, assessoria de comunicação, coordenação de artes plásticas, gerente de serviços culturais, secretaria, instrutores de dança, teatro, cinema e capoeira, bem como parte do corpo administrativo da própria Fundação de Cultura Monsenhor Chaves.
Agora, toda essa gama de profissionais, que juntos atendem mais de mil crianças em oficinas de dança, teatro, cinema e capoeira nos teatros e CEUs podem ficar sem saber para aonde o trabalho de uma vida seguirá.
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