Política

Bolsonaro e Moraes frente a frente: STF ouve ex-presidente sobre trama golpista

Nesta segunda (10), começa a fase dos interrogatórios dos réus da tentativa de golpe bolsonarista, com destaque para o primeiro encontro direto entre o ex-mandatário e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF)


Reprodução Bolsonaro e Moraes frente a frente: STF ouve ex-presidente sobre trama golpista
Esta semana acontece o encontro entre Bolsonaro e Alexandre de Moares

DCM - Nesta segunda (10), começa a fase dos interrogatórios dos réus da tentativa de golpe bolsonarista, com destaque para o primeiro encontro direto entre o ex-mandatário e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O magistrado é o relator da ação penal que investiga o caso. O ex-presidente afirmou que não pretende “lacrar” em seu depoimento e convocou apoiadores para acompanhar a sessão, que será transmitida.

Os interrogatórios acontecerão até sexta-feira (14) na sala da Primeira Turma do STF. O primeiro a depor será o tenente-coronel Mauro Cid. A presença dos demais réus e seus advogados está confirmada para o local, com exceção de Walter Braga Netto, que está preso e participará por videoconferência.

Após Cid, os depoimentos seguirão em ordem alfabética: Alexandre Ramagem, Almir Garnier, Anderson Torres, Augusto Heleno, Jair Bolsonaro, Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto. Moraes fará as perguntas diretamente aos réus, que terão a opção de permanecer em silêncio, conforme a lei.

O ex-mandatário, durante evento do PL Mulher, em Brasília, chegou a comentar sobre o depoimento que prestará. “Estarei lá com a verdade ao nosso lado. Não fugimos de qualquer chamamento”, disse. Ele afirmou que sua participação será respeitosa: “Não vou lá para lacrar, para querer crescer, para querer desafiar quem quer que seja”.

O encontro entre Bolsonaro e Moraes será o primeiro com contato direto. Em março, eles estiveram na mesma sessão no STF durante o julgamento da denúncia, mas sem interação. Agora, o relator assumirá a condução dos questionamentos.

As datas dos interrogatórios foram definidas pelo ministro ao fim da fase de depoimentos das testemunhas. Nos últimos dias, 52 pessoas foram ouvidas, indicadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e pelas defesas dos acusados.

Siga nas redes sociais

Deixe sua opinião: