Economia

Pobreza cai na América Latina, e 80% disso se deve ao Brasil

Graças aos programas de transferência de renda adotados por Lula


MDS Pobreza cai na América Latina, e 80% disso se deve ao Brasil
Bolsa Família começa a ser pago nesta segunda-feira (24)

A redução da pobreza regional em 2023 é explicada em mais de 80% pelo que ocorreu no Brasil, onde reside um terço da população da América Latina. Nesse país, as transferências diretas de renda, como Bolsa Família, desempenharam um papel decisivo. Caso a pobreza no Brasil não tivesse diminuído, a taxa média de pobreza na região em 2023 teria sido de 28,4%, apenas 0,4 ponto percentual a menos em relação ao ano anterior, e a pobreza extrema teria permanecido inalterada, mantendo-se em 11,1%. Esses dados fazem parte do relatório Panorama Social da América Latina e do Caribe 2024, divulgado nesta terça-feira (12) pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal).

Conforme o relatório, em 2023, 27,3% da população latino-americana estava em situação de pobreza, o que representa uma queda de 1,5 ponto percentual em relação a 2022 e uma redução de mais de 5 pontos percentuais em comparação a 2020, o ano mais crítico da pandemia da Covid-19. Este é o menor índice de pobreza desde que os dados começaram a ser registrados de forma comparável. Por outro lado, a taxa de pobreza extrema atingiu 10,6% da população da região, uma redução de 0,5 ponto percentual em relação a 2022, mas ainda superior aos níveis de 2014. Em números absolutos, 172 milhões de pessoas viviam em situação de pobreza em 2023, sendo que 66 milhões estavam em pobreza extrema.

A Cepal afirma que para avançar na erradicação da pobreza, é necessário estabelecer um padrão de investimento em proteção social não contributiva — ou seja, diretamente voltado à população mais vulnerável — entre 1,5% e 2,5% do PIB, ou entre 5% e 10% do gasto público total. Em 2022, os Ministérios de Desenvolvimento Social de 20 países da América Latina e do Caribe destinaram, em média, 0,8% do PIB ou 3% do gasto público total para a proteção social não contributiva.

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