Política

PCC na administração de 16 prefeituras em SP

Interceptações telefônicas revelarem a atuação de criminosos do PCC com funcionários públicos e vereadores paulistas.

  • quarta-feira, 17 de abril de 2024

Foto: ReproduçãoPCC: o Primeiro Comando da Capital é suspeito de estar infiltrado em 16 prefeituras em SP
PCC: o Primeiro Comando da Capital é suspeito de estar infiltrado em 16 prefeituras em SP

Cerca de 16 municípios do estado de São Paulo estão sob suspeita de conexões com membros do Primeiro Comando da Capital (PCC), segundo investigações conduzidas pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP) e processos em andamento nos tribunais nos últimos anos. Com informações do Estadão.

As alegadas relações variam desde fraudes em processos de licitação até indicações para cargos em prefeituras. Na terça-feira, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), ramo responsável pela investigação criminal do MP-SP, realizou uma operação que revelou fraudes em processos licitatórios em prefeituras e câmaras municipais.

A operação abrangeu 12 municípios: Guarulhos, São Paulo, Ferraz de Vasconcelos, Cubatão, Arujá, Santa Isabel, Poá, Jaguariúna, Guarujá, Sorocaba, Buri e Itatiba. Durante a operação, foram detidos os vereadores Flávio Batista de Souza (Ferraz de Vasconcelos), Luiz Carlos Alves Dias (Santa Isabel) e Ricardo Queixão (Cubatão).

Em outras três cidades, existem suspeitas ou investigações sobre a atuação do PCC: Campinas, Cananéia e Iguape. Além disso, em Biritiba Mirim, um ex-prefeito foi condenado por nomear um membro da organização criminosa como secretário.

De acordo com as investigações do MP, empresas associadas ao PCC competiam em licitações e simulavam concorrência em colaboração para obter contratos públicos para serviços de mão de obra, limpeza e postos de fiscalização e controle.

Nos últimos cinco anos, os contratos supostamente fraudulentos totalizaram cerca de R$ 200 milhões. A operação desta terça-feira, denominada Muditia, resultou na execução de 13 dos 15 mandados de prisão até as 16h45.

Um dos promotores do caso, Yuri Fisberg, detalhou as apreensões em uma coletiva de imprensa. “Tivemos ainda 42 mandados de busca cumpridos, com a apreensão de quatro armas de fogo e um grande número de munições, 22 celulares, 22 notebooks, R$ 3,5 milhões em cheques, R$ 600 mil em espécie e US$ 8,7 mil”, afirmou.

O MP afirmou que a operação foi desencadeada após interceptações telefônicas revelarem a atuação de criminosos do PCC com funcionários públicos e vereadores paulistas.

Com informações do DCM

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