Política

Partidos (de esquerda) serviram de linha auxiliar à oposição de direita e perderam vergonhosamente

O jornalista Breno Altman propõe que o PT chame um Congresso extraordinário para revisar sua linha política e organizacional

  • terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

Foto: JustificandoBreno Altman
Breno Altman

O Congresso Nacional tem dois novos mandatários. O deputado Arthur Lira (PP) ganhou ontem em primeiro turno o direito de presidir a Câmara dos Deputados. Lira era o candidato de Bolsonaro. Os partidos de esquerda, exceto o PSOL, apoiaram o medebista Baleia Rossi.

Rodrigo Pacheco elegeu-se presidente do Senado. Ele teve apoio de Bolsonaro e do PT. Pacheco é do DEM - a máxima expressão do fisiologismo na eleição de ontem do Congresso. A partir de agora muitas análises sobre o comportamento do PT e demais partidos de esquerda vão sugir. Mas, o jornalista Breno Altman não perdeu tempo. Ele já expôs no seu Facebook a análise dos fatos. E Breno Altman não suaviza. Veja:  

VEXAME

A vitória de Lira sobre Rossi, 302 a 145, foi o episódio derradeiro de uma política vergonhosa da maioria dos partidos de esquerda e centro-esquerda, disposta a servir de linha auxiliar à oposição de direita. Abdicaram de seu papel para serem abandonados pelos próprios aliados.

CAMISA-DE-FORÇA

Os defensores da “frente ampla” com a oposição de direita, após a eleição na Câmara, estão passíveis de tratamento psiquiátrico, por síndrome de Estocolmo em último grau. Tanta cegueira e submissão escapa do terreno exclusivo da política. Isso é tara por abuso e humilhação.

FALANDO SÉRIO

A direção do PT, se sua maioria ainda tiver um pouco de compostura, deveria convocar com urgência um congresso extraordinário, para revisar toda a linha política e organizacional, antes que a catástrofe seja irreversível e o partido venha a cair em um abismo mortal.

JOIO E TRIGO

Nessa derrota estrondosa de Baleia Rossi na Câmara, provocada pela deserção de setores mais fisiológicos, há algo positivo: a oposição de direita - PSDB, DEM e MDB - foi trucidada e ficou em piores condições para disputar vaga no segundo turno nas futuras eleições presidenciais.

QUAL O LANCE?

Apenas uma potente mobilização popular pode mudar a situação política. Isso exige que todos os passos dos partidos de esquerda e em todos os espaços estejam voltados para esse objetivo. Com total coerência, sem acordos inexplicáveis, sem cretinismo parlamentar, sem ilusões.

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