Para onde irá Paulo Pimenta? Lula fará novas trocas de petistas ?

A mudança na chefia da Secretaria de Comunicação Social (Secom), anunciada nesta terça-feira (7), pelo governo Lula, reduziu as especulações sobre a saída de dois ministros próximos ao presidente. Márcio Macedo (Secretaria-Geral) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais), até então cotados como alternativas para abrir espaço a Paulo Pimenta, permaneceram em seus postos. A decisão indica que a troca na Secom não será acompanhada de alterações mais amplas na Esplanada neste momento. Com informações do Metropoles. 

Segundo fontes próximas ao presidente, caso Lula pretendesse reposicionar Pimenta em um dos ministérios palacianos, a mudança seria anunciada conjuntamente. A escolha por uma substituição pontual na Secom reforça que uma ampla reforma ministerial deve ocorrer apenas após março.

Apesar de sua saída, Paulo Pimenta expressou a aliados o desejo de continuar no Executivo. Após um período de férias, o ministro pretende discutir seu futuro político. Caso não seja reintegrado ao governo, Pimenta deve retomar seu mandato como deputado federal, enquanto o PT avalia formas de acomodá-lo no Congresso.

Cenário na Câmara e alternativas para Pimenta

Uma das possibilidades analisadas pelo Planalto seria a troca na liderança do governo na Câmara, atualmente ocupada por José Guimarães (PT-CE). No entanto, essa movimentação só ocorreria caso Guimarães assumisse um ministério relevante, como o Desenvolvimento Social e Combate à Fome, atualmente ocupado pelo petista piauiense Wellington Dias.

O retorno de Pimenta ao Congresso também geraria ajustes na posição de sua suplente, Reginete Bispo. Deputada gaúcha com atuação em pautas raciais, de gênero e agricultura familiar, ela pode ser aproveitada em ministérios como o das Mulheres ou o do Desenvolvimento Agrário.

Por outro lado, mudanças na liderança do PT estão descartadas. O deputado Lindbergh Farias (RJ) assumiu recentemente o cargo e, segundo acordos internos, a função será entregue a Pedro Uczai (SC) em 2026, no último ano do atual mandato de Lula.

Histórico de mudanças na Esplanada

A saída de Paulo Pimenta marca a primeira substituição de um ministro petista no governo Lula 3, mas não é o único caso de troca na Esplanada.

Em abril de 2023, o general Gonçalves Dias deixou o Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Em seguida, o Ministério do Turismo teve mudanças em julho, com a substituição de Daniela Carneiro por Celso Sabino (União Brasil).

Outras mudanças ocorreram em setembro, quando Ana Moser (Esporte) deu lugar a André Fufuca (PP-MA), aliado de Arthur Lira. Márcio França (PSB) também foi deslocado do Ministério de Portos e Aeroportos para Micro e Pequenas Empresas, abrindo espaço para Silvio Costa Filho.

Já em 2024, Flávio Dino deixou o Ministério da Justiça após ser indicado ao STF, sendo sucedido por Ricardo Lewandowski. No mesmo ano, Silvio Almeida foi demitido do Ministério dos Direitos Humanos após denúncias de assédio sexual, reforçando o caráter conturbado de algumas mudanças no governo.

Com as próximas movimentações ministeriais ainda em análise, o Planalto se depara com o desafio de acomodar quadros importantes do partido, enquanto busca manter a estabilidade política.

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