O vídeo que muda investigação do caso Tiü França
Autoridades estão quase certas de que o tal Tiü França não agiu sozinho

A investigação sobre o caso do bolsonarista que tentou explodir o Supremo Tribunal Federal (STF) na semana passada, e acabou morrendo durante o ataque, pode tomar um novo rumo com a revelação de um elemento até então desconhecido. A ex-mulher de Francisco Wanderley Luiz, conhecido como Tiü França, afirmou em um depoimento chocante que ela e o ex-marido planejaram o atentado juntos. A mulher, identificada como Daiane Dias, de 41 anos, colocou fogo na casa onde o casal morava em Rio do Sul (SC), no último sábado (17), e foi gravemente ferida no incêndio.
Em um momento de desespero, Daiane foi filmada por uma testemunha enquanto gritava que "queria estar com ele em Brasília no momento do atentado" e que ambos "planejaram o ato de terrorismo juntos". A gravação foi entregue à Polícia Civil de Santa Catarina e posteriormente encaminhada à Polícia Federal. Durante o depoimento, a vizinha que filmou o incidente relatou que Daiane estava bastante angustiada, gritando que "não queria que ele tivesse ido sozinho" e que o plano era de ambos.
Daiane, que sofreu queimaduras graves de 1°, 2° e 3° graus em todo o corpo, foi socorrida e levada a um pronto-socorro local. Após os primeiros atendimentos, ela foi transferida para um hospital da região, onde permanece internada, sem previsão de alta. A unidade médica não divulga informações sobre seu estado de saúde.
Se confirmadas, as declarações de Daiane podem alterar profundamente a linha de investigação seguida até agora pelas polícias. Até o momento, tanto a Polícia Civil do Distrito Federal quanto a Polícia Federal acreditavam na versão de que Tiü França agiu como um "lobo solitário", motivado por ideais extremistas e sem o envolvimento de outras pessoas. Os bolsonaristas, por sua vez, têm defendido que Tiü França foi um "maluco" que agiu sozinho, sem apoio ou plano organizado.
Essas novas informações, no entanto, sugerem que o atentado contra o STF poderia ser o resultado de uma conspiração planejada por duas pessoas, o que muda significativamente a análise sobre o caso. As autoridades agora devem investigar mais a fundo o possível envolvimento de Daiane e o grau de planejamento do ataque, o que pode levar a novos desdobramentos no caso.
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