O machismo na política
A repercussão das adesões de Bárbara e Marden à campanha de Fábio Novo
Por Aline Raquel, jornalista
O machismo está enraizado em todos os setores da sociedade. E na política não é diferente.
Recentemente, vimos uma jovem ser vítima desse ato, a mulher em questão trata-se da médica e deputada estadual Bárbara Soares, mais conhecida como Bárbara do Firmino.
Bárbara, anos atrás, talvez não pensasse entrar na política. Seguia sua carreira de médica, enquanto os pais estavam à frente como vereador, prefeito, deputado e deputada estadual.
Após uma reviravolta na vida da família, ela deve ter se sentindo inspirada e encorajada. Sua mãe, Lucy Soares, deixou sua candidatura e apostou na filha. Que assim foi eleita para representar o legado de seu pai, Firmino Filho, ex-prefeito de Teresina.
Muitos poderiam pensar que Bárbara não tivesse muita sabedoria, o que já é um preconceito por ser nova na política assumindo seu primeiro mandato. Mas, ela já surpreendeu com a não perpetuação no grupo político de Sílvio Mendes e Ciro Nogueira. O que foi um “escândalo” na época. Ela foi taxada de ingrata. Deputados estaduais, federais e demais políticos se manifestaram nas TVs e portais da Capital a criticando por ter opinião própria e atitude de mudar. Mudar por ela, pela família e pelo o que ela acredita. Ora, por que ela teria que continuar em grupo onde não se sentia confortável?
Um ciclo que encerrou e trouxe mais sorrisos e leveza para ambas, mãe e filha.
Apoiar Fábio Novo, que tem um grupo acolhedor, foi a melhor escolha. Foi sair do “marasmo”, de uma zona de conforto que não era mais necessária.
E onde entra o machismo nisso tudo? Ele entra na comparação entre as reações dos políticos aliados e não aliados a adesão de Marden Menezes, que também era da oposição, e como era…. O deputado aderiu a pré-campanha de Fábio Novo, foi ovacionado na solenidade, elogiou Novo e o governador, e não foram vistas as mesmas críticas pesadas a ele, como tiveram para Bárbara. Será por que?
Se os dois tinham caminhos na oposição, por que só foi pesado para um e não para outro? Qual a diferença? O machismo!
Por ser mulher, foi considerada “traidora”, “imatura”, já o deputado Marden Menezes não teve a mesma repercussão negativa na mídia, de ex-aliados tecendo comentários desfavoráveis.
Enfim… Mesmo com esses tristes episódios contra as mulheres na política, que elas não percam a vontade de estarem buscando seus objetivos e caminhos, de tomarem suas decisões por conta própria, de serem felizes e determinadas nas suas escolhas. Assim como Bárbara foi e está sendo!
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