Os dados da Pesquisa de Informações Básicas Municipais (MUNIC), divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (28), indicam que, em 2023, 173 municípios do Piauí, ou seja, mais de 77% do total, utilizavam lixões como principal destino dos resíduos sólidos coletados pelos serviços de limpeza pública. Este número coloca o estado com a sexta maior proporção de lixões entre as unidades da federação, superando a média nacional, que é de cerca de 31%. O Amazonas lidera esse índice, com mais de 91% de seus municípios ainda utilizando lixões.

A pesquisa aponta que a destinação mais adequada dos resíduos sólidos são os aterros sanitários. No entanto, apenas 13 municípios piauienses adotavam esse método correto de manejo do lixo em 2023. No Brasil, 28,58% dos municípios contavam com aterros sanitários, um número cinco vezes superior ao percentual registrado no Piauí, que foi de apenas 5,8%.

Além disso, a pesquisa revelou que 117 municípios do Piauí, o que corresponde a mais de 52% do total, não possuem sistemas de drenagem e manejo de águas pluviais. Esse dado coloca o Piauí como o estado com o maior índice de municípios sem esse tipo de infraestrutura no Brasil, onde a média nacional é de apenas 4% – 13 vezes menor que no Piauí. No Nordeste, 10,65% dos municípios não possuem sistema de drenagem, o que é cinco vezes menor que o índice piauiense. O segundo estado com maior percentual de municípios sem drenagem é Pernambuco, com quase 13%.

Siga nas redes sociais