Segurança Pública

Morre 2ª criança que comeu caju envenenado no Piauí; vizinha é acusada

Vítima estava internada no HUT há mais de 60 dias


Reprodução/A10+ Morre 2ª criança que comeu caju envenenado no Piauí; vizinha é acusada
Morre 2ª criança que comeu caju envenenado no Piauí

Ulisses Gabriel da Silva, de 8 anos, não resistiu às complicações de um envenenamento e faleceu neste domingo (10) no Hospital de Urgência de Teresina (HUT). A criança estava internada há mais de dois meses após ingerir cajus contaminados, supostamente oferecidos por sua vizinha, Lucélia Maria da Conceição Silva, de 52 anos.

O caso chocou a cidade de Parnaíba, no litoral piauiense, em agosto deste ano, quando Ulisses e seu irmão, João Miguel, de 7 anos, foram internados em estado grave. João Miguel não resistiu e faleceu dias depois.

Vizinha nega crime e acusa mãe das vítimas

Em depoimento, Lucélia negou as acusações e atribuiu a denúncia a uma suposta desavença com a mãe das crianças. A suspeita afirmou que o veneno encontrado em sua residência era destinado ao controle de pragas e que seu irmão havia tentado suicídio com a substância. No entanto, testemunhas relataram à Polícia Civil que a mulher tinha histórico de conflitos com os vizinhos e que já haviam encontrado animais mortos nas proximidades de sua casa.

Perícia aponta substância tóxica e danos internos

A perícia constatou a presença de uma substância tóxica nos corpos das crianças, que causou diversos sintomas, como salivação excessiva, dificuldades respiratórias, taquicardia e diarreia. Exames realizados no corpo de João Miguel revelaram danos graves no estômago. A polícia investiga a hipótese de que o veneno utilizado tenha sido chumbinho, cuja comercialização é proibida no Brasil.

Família em luto e comunidade em choque

A morte de Ulisses gerou comoção na cidade e reabriu as feridas da família, que ainda lamenta a perda de João Miguel. A mãe das crianças, Francisca Maria Silva, relatou que a família mantinha a esperança de que Ulisses se recuperasse completamente.

A Polícia Civil segue investigando o caso e aguarda os laudos periciais para concluir o inquérito. Lucélia Maria permanece presa à disposição da Justiça.

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