Saúde

Mais de 9 mil teresinenses se vacinaram em Timon-MA

Pesquisa revela a falta de gestão no processo de vacinação em Teresina

  • sábado, 26 de junho de 2021

Foto: ReproduçãoVacinação contra a Influenza



Teresina é a quarta cidade do Brasil com "fuga" de pessoas para vacinação contra a Covid-19 em outro estado, no caso, o nosso vizinho estado do Maranhão. A pesquisa divulgada pela Fiocruz nessa sexta-feira, 25, revela que nada menos que 9.592 doses foram aplicadas em teresinenses na cidade de Timon. 

Até essa sexta, o vacinômetro da Secretaria Estadual de Saúde do Piauí apontava que 380.258 doses de vacinas foram aplicadas na capital, sendo 293.063 da primeira dose (33,89%) e 87.195 de segunda dose (10,08%). A cidade agora que está vacinando pessoas com 49 anos de idade. Grupos prioritários como gestantes, lactantes e puérperas sem comorbidades que tiveram inclusive lei sancionada pelo governador do Estado, sequer foram imunizadas. Bancários e lotéricos que nunca pararam nesta pandemia e também tiveram a prioridade aprovada não sabem sequer quando serão incluídos no calendário de vacinação.

Enquanto isso, o município, que tem total autonomia na aplicação da vacina, faz verdadeiro populismo (ou, no mínimo, a velha e chamada politicagem) e vacina grupos que não tiveram a prioridade legislativamente aprovada. Nesta semana, vacinou trabalhadores de mercado público, motoristas e cobradores de ônibus e agora anuncia a abertura de agendamento para caminhoneiros, trabalhadores de transporte metroviário, trabalhadores da indústria e construção civil. 

E, a bem da verdade, como definir a prioridade das prioridades? Somente na última quinta-feira, 24, a Assembleia Legislativa do Piauí aprovou vários requerimentos de prioridade no processo de imunização. Foi requerida pelos deputados Francisco Limma (PT), Francisco Costa (PT) e Franzé Silva (PT) a prioridade na aplicação de vacinas contra a Covid-19 para os trabalhadores dos setores de hotelaria e gastronomia. Os deputados João de Deus (PT) e Flora Izabel (PT) pediram vacinas para os trabalhadores dos Correios.

Franzé Silva solicitou a imunização para os trabalhadores das telecomunicações. O deputado Gustavo Neiva (PSD) pediu vacinas para os trabalhadores da indústria, inclusive da construção civil. Flora Izabel também pediu prioridade na vacinação para os instrutores e diretores de auto escolas. O deputado Evaldo Gomes (Solidariedade) pediu prioridade na vacinação para os metroviários. João Madison (MDB) pediu que sejam vacinados prioritariamente os trabalhadores dos postos de combustíveis.

Os deputados do PT, Cícero Magalhães, João de Deus e Francisco Limma, lutam para que trabalhadores dos chamados serviços essenciais sejam prioridades. Nas propostas, estão inseridos os profissionais registrados no comércio varejista e atacadista de supermercados e hipermercados (cuja a principal atividade seja a venda de alimentos), trabalhadores de drogarias e farmácias, de atividades domésticas, de limpeza urbana, de serviços funerários e de necrotérios e de prestadores de serviço que atuem nos centros de saúde hospitalares. “O impacto da pandemia no Piauí é o mesmo que aconteceu no restante do país, com os trabalhadores ficando expostos. Eles trabalhavam como categoria essencial, mas não foram colocados como prioritários para a vacinação”, afirma o deputado estadual Cícero Magalhães (PT). 

São Luís, a capital maranhense, conseguiu avançar na imunização da população e se tornou a primeira capital a vacinar pessoas a partir de 18 anos sem comorbidades contra a Covid-19. Nesta sexta-feira, 25, a também vizinha capital do Ceará, Fortaleza, começou a vacinar contra a Covid-19 quem tem menos de 40 anos. A vacinação é escalonada por idade, em ordem decrescente.

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