A polícia suspeita que o cantor bolsonarista Gusttavo Lima possa ter fugido para os Estados Unidos para evitar a prisão, decretada em meio às investigações da Operação Integration. 

Gusttavo Lima é dono de uma mansão avaliada em R$ 65 milhões em Hollywood Beach, uma área de celebridades nos EUA.

A mansão, tem seis suítes, um escritório, salas de estar e jantar integradas a uma cozinha com bancada, além de uma área de lazer que inclui piscina de borda infinita, bar aquático, banheira de hidromassagem, e uma quadra de tênis iluminada.

Além da ordem de prisão, a Justiça brasileira também determinou a suspensão do passaporte e do porte de armas do cantor, limitando assim sua possibilidade de viajar ou portar armamento de forma legal. Essas decisões fazem parte de uma série de ações tomadas contra Gusttavo Lima. Outro ponto de destaque é o bloqueio de R$ 20 milhões pertencentes a uma das empresas ligadas ao artista, aumentando ainda mais as dificuldades legais enfrentadas por ele. O bloqueio é uma medida preventiva para assegurar que possíveis danos financeiros possam ser reparados no caso de condenação. Em paralelo a essas ações, a Polícia já apreendeu o avião particular de Gusttavo Lima, reforçando o cerco judicial em torno do cantor. 

Gusttavo Lima teve a prisão decretada pela juiza Andrea Calado da Cruz. Mas quem é ela?

Ela é da 12ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJ-PE) e é conhecida por sua postura rigorosa em casos de grande repercussão. Em agosto, a magistrada também ordenou a prisão da influenciadora e advogada Deolane Bezerra, no contexto de uma investigação sobre irregularidades em jogos de apostas.

Andrea Calado ganhou notoriedade recentemente por sua decisão de mandar prender o jornalista pernambucano Ricardo Antunes, acusado de calúnia, injúria e difamação após publicar reportagens sobre um suposto esquema de corrupção em São João de Caruaru. Embora a ordem de prisão tenha sido emitida, Antunes conseguiu um habeas corpus e evitou a detenção. No entanto, a atuação da juíza nesse caso resultou em uma denúncia de “abuso de autoridade” por parte do Ministério Público de Pernambuco (MPPE).

Além de sua atuação na esfera criminal, Andrea Calado já ocupou o cargo de responsável pela vara da Infância e Juventude de Olinda, demonstrando uma carreira diversificada no Judiciário pernambucano.

Em 2013, a juíza foi chamada a depor na Câmara dos Deputados durante uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), após o deputado Luiz Couto (PT-PB) solicitar sua presença para esclarecer seu possível envolvimento em um caso de concessão irregular de guarda provisória de uma criança em Olinda. Contudo, a sessão para ouvir a juíza nunca chegou a ocorrer, de acordo com os registros da Câmara.

No ano seguinte, em 2014, Andrea Calado foi alvo de uma representação da Ordem dos Advogados do Brasil em Pernambuco (OAB/PE), que a acusou de manipular a distribuição de processos criminais e de emitir uma certidão falsa. O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) chegou a investigar sua atuação, principalmente pela forma impositiva como os processos eram distribuídos na cidade de Vitória de Santo Antão, contrariando a exigência de sorteio, conforme apontado pelo presidente da OAB local.

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