Política

Fernando Haddad incomoda a direita (os super-ricos)

Titular do ministério da Fazenda trabalhou para taxar os super-ricos no Brasil.


Fernando Haddad incomoda a direita (os super-ricos)
Fernando Haddad

Todo o burburinho sobre a taxação das blusinhas – o PL nº914/2024 – que traz de volta a cobrança de 20% em compras internacionais de até US$ 50 colocou o nome de Fernando Haddad em voga. Agora, o ministro vem sendo alvo de um ataque orquestrado com produção em massa de memes, com direito a telão na Times Square, que o associam a um falso aumento de tributos no país, visando criar uma pecha negativa no titular da Fazenda e desestabilizar o governo Lula.

Os memes de Haddad estiveram nos trend topics do X na terça-feira (17) e em um telão na Time Square por 15 segundos, que um jovem chamado Hugo Montan pagou US$ 45 para fazer “humor”.


Este movimento que busca descredibilizar o quadro petista não é uma novidade, porém. Em 2004, Marta Suplicy pelejava pela reeleição em São Paulo quando os adversários associaram seu nome à proposta de criar uma taxa do lixo. Desta maneira, uma tentativa de desgastar a figura política de Haddad, que pode concorrer às eleições de 2026, já está organizada e fez sua primeira investida pública.

Jilmar Tatto, secretário de Comunicação do PT e deputado, afirmou que não está preocupado com memes e que isso não se confirma. A presidente do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, defendeu as medidas econômicas.


“Os ataques mentirosos da rede bolsonarista ao ministro Fernando Hadad são mais uma prova de que a economia do país vai melhorando, e isso deixa a oposição apavorada. Como lembrou o vice Geraldo Alckmin, a carga tributária está caindo. E a arrecadação cresce por dois motivos: o aquecimento constante da atividade econômica e a ação firme da Fazenda contra distorções no cálculo de impostos. Siga firme nesse rumo, Haddad. Vamos continuar surpreendendo, com boas notícias para o povo, essa gente que torce contra o Brasil”, disse Hoffmann.


Números do Tribunal de Contas da União (TCU) demonstraram em junho que 32 desonerações de impostos do ano passado tiveram um impacto total de R$ 68 bilhões a menos na arrecadação.

Em 2023, de acordo com o 247, “foram arrecadados R$ 3,521 trilhões em tributos, impostos e contribuições. O valor representou 32,44% do Produto Interno Bruto (PIB). O número do ano passado é 0,64 ponto menor que um ano antes, em 2022, e foi o menor patamar desde 2020”.


Para o vice-presidente e comandante do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, as medidas buscam preservar os empregos, realocando as tributações.


“A questão dos {impostos para compras internacionais acima de] US$ 50 é que precisamos preservar o emprego. Quando você soma todos os tributos da indústria, dá quase 80%. Então o que se está buscando é ter uma lealdade concorrencial e que aquele tributo que o estrangeiro paga, não ser o dobro ou o triplo dos produtos aqui no Brasil”, disse Alckmin.


Na verdade, foi Fernando Haddad que buscou a redução do imposto da cesta básica na reforma tributária e a isenção de imposto de renda para quem ganha até dois salários mínimos. E o mais interessante: é um ferrenho defensor da taxação dos super-ricos no Brasil. Seus movimentos são, na verdade, de alguém que está tentando fazer justiça social dentro do capitalismo. Quem, portanto, está por trás dessa campanha?

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