Europa com nova onda de covid-19. Holanda inicia lockdown de 3 semanas
Teatros, cinemas e escolas permanecerão abertos, enquanto cafés e restaurantes terão seus horário alterados

G1 - A partir hoje a Holanda entrou em lockdown e assim ficará durante três semanas. O país europeu se torna o primeiro do continente a voltar à quarentena após o aumento de casos de Covid-19.
O primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte, anunciou ontem que a medida visa combater o coronavírus.
"Trazemos uma mensagem difícil, com medidas que atingem a todos", disse o premiê interino em um pronunciamento televisionado. “O vírus está em todos os lugares e precisa ser combatido."
Entre as medidas anunciadas pelo governo estão:
1) cancelamento de eventos
2) redução nos horários de cafés e restaurantes
3) redução nos horários do comércio e mercado
4) eventos privados limitados a 4 pessoas
Escolas, teatros e cinemas permanecerão abertos.
A Holanda vem registrando diariamente uma média de 10 mil novos casos de Covid-19, mas a média de mortes se mantém baixa – por volta de 25 a cada dia –, reflexo da alta adesão à vacina.
A Holanda já vacinou cerca de 72,1% de sua população com as duas doses da vacina, segundo levantamento da plataforma Our World In Data .
Na quinta-feira (11), uma comissão de especialistas havia recomendado o confinamento parcial no país. Já era esperado que o gabinete do governo seguisse as definições dos cientistas.
O premiê disse que o governo também avalia a possibilidade de que o acesso a locais públicos esteja limitado apenas a pessoas que estão totalmente vacinadas.
O país – que iniciou sua campanha de vacinação em janeiro – anunciou também que irá começar a aplicar doses de reforço da vacina para idosos a partir de dezembro deste ano.
Alemanha
A chanceler alemã Angela Merkel declarou neste sábado (13) que é necessário um "esforço nacional" para acabar com a quarta onda de Covid-19 na Alemanha e pediu às pessoas que tomem a vacina.
"Estou muito preocupada com a situação. Nós enfrentamos semanas difíceis. Precisamos de um esforço nacional para acabar com a forte onda de outono e inverno [no hemisfério norte] da pandemia", afirmou Merkel em seu podcast semanal.
"Se permanecermos unidos, se pensarmos em nos protegermos e cuidar dos outros, nós podemos salvar grande parte do nosso país no inverno", acrescentou.
Merkel expressou preocupação com o forte aumento dos contágios, o elevado número de pacientes em UTIs e o grande número de mortes diárias, especialmente em regiões com taxas de vacinação reduzidas, como o leste do país.
A Alemanha enfrenta uma quarta onda de Covid-19 nas últimas semanas, com um número recorde de contágios. Áustria e República Tcheca também estão em um cenário similar.
Neste sábado, o instituto de saúde Robert Koch registrou 45.081 novos contágios e 228 mortes provocadas por Covid-19 em 24 horas. Na quinta-feira, o país registrou 50.196 novos casos, um recorde diário desde o início da pandemia
De acordo com o governo, 67,4% da população está completamente vacinada, longe da meta estabelecida: 75%.
Na sexta-feira, o presidente do instituto Robert Koch, Lothar Wieler, afirmou que a Alemanha deve se preparar para um cenário difícil e pediu o aumento das restrições.
"Temos de presumir que a situação vai continuar piorando em toda Alemanha e que esta evolução não pode ser contida sem novas medidas", alertou. "Semanas e meses difíceis nos esperam."
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