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Estudo comprova poder de transformação social do Bolsa Família

Jovens que fizeram parte da 1ª geração do programa se encontram em uma situação econômica melhor que os pais


MDS Estudo comprova poder de transformação social do Bolsa Família
Bolsa Família começa a ser pago nesta segunda-feira (24)

Um estudo recente de pesquisadores do Instituto Mobilidade e Desenvolvimento Social, da Oppen Social, do Ministério da Saúde, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), da PUC-Rio e da Universidade Bacconi, na Itália, comprovou que o Bolsa Família promove a mobilidade social, informa o Globo. A pesquisa mostra que os jovens entre 7 e 16 anos que fizeram parte da primeira geração do programa, em dezembro de 2005, se encontram em uma situação econômica melhor que os pais. É o maior programa de transferência de renda do Brasil, instituído no governo Lula e administrado pelo ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome do Brasil, Wellington Dias.

O levantamento mostra que 64% desses jovens não faziam mais parte de programas sociais do governo federal mais de dez anos depois. Além disso, 45% deles tinham conseguido emprego com carteira assinada entre 2015 e 2019, e metade se manteve no mercado formal por três anos ou mais. 

Os próprios pesquisadores afirmam ter se surpreendido com os resultados do programa em apenas uma geração. Eles apontam que o Bolsa Família não pode ser considerado o único motivo para a transformação social, que também é influenciada por fatores como situação econômica e desenvolvimento regional, mas seu efeito é inequívoco. 

“Um residente em municípios das regiões Norte e Nordeste tem metade da probabilidade de mobilidade social quando comparado a residentes das regiões Sul e Sudeste”, ponderam os pesquisadores. No Sul, 74% saíram dos programas sociais, parcela comparável às de Centro-Oeste (72%) e Sudeste (70%), mas distante de Norte (61%) e Nordeste (58%). Estas duas registraram as menores fatias com empregos formais, com 30% e 37% respectivamente. No Sul foram 60%, e no Sudeste 55%. A pesquisa também mostrou diferenças significativas de cor e gênero, com homens brancos mais velhos tendo mais chances de escapar da pobreza extrema.

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