Desespero de Firmino Filho chama atenção
As críticas do secretário da Cultura, Fábio Novo, pré-candidato do PT à Prefeitura de Teresina, ao prefeito Firmino Filho, foram oportunas, na medida em que expuseram o comportamento aparentemente desesperado do líder tucano. Segundo Fábio Novo, o prefeito tem dado demonstrações de ódio à oposição. Seu discurso de desespero beira à chantagem, ao ameaçar a população com a hipótese de fechamento de postos de saúde, por exemplo, caso um dos oposicionistas vença as próximas eleições municipais da capital.
Mas o que chama atenção, de fato, são os sinais de desequilíbrio de Firmino, que vê, horrorizado e impotente, os sinais de que o ciclo de poder de seu grupo pode estar perto do respectivo final. Como na vida, nada é para sempre, e tudo acontece através de ciclos, definidos, por sua vez, por ter começo, meio e fim. E são muito fortes os indícios de que o ciclo de poder do PSDB, em Teresina, está se encerrando. Talvez, por saber disso, já que está municiado de um mar de pesquisas, quantitativas e qualitativas, o prefeito esteja reagindo tão mal.
De fato, os indicativos cíclicos podem ser percebidos na falta de um pré-candidato competitivo, por parte do esquema da prefeitura, tanto que, se demorou demais, por absoluta falta de opção, para anunciar finalmente um nome, o do secretário municipal de Educação, Kleber Montezuma. Aliás, a opção Kleber sequer foi anunciada, em caráter oficial, por Firmino Filho, que ainda tenta ganhar tempo à espera de um milagre, enquanto vitupera, pelos quatro cantos, contra os nomes da oposição.
Opção Sílvio
A única opção tucana para uma candidatura realmente consistente teria sido a do ex-prefeito Sílvio Mendes, mas isso significaria, para o atual prefeito, perder quase que totalmente seu poder de influência na prefeitura, mesmo no caso de seu grupo político vencer, mais uma vez, as próximas eleições municipais na capital. Sílvio Mendes foi descartado no momento em que foi mandado para o Progressistas. Pelo menos, essa seria a intenção do atual inquilino do Palácio da Cidade, no final de seu quarto mandato como prefeito teresinense.
Firmino também mandou a primeira-dama, a deputada estadual Lucy Silveira, para o Progressistas, como parte de uma estratégia maior, visando o Palácio de Karnak, em 2022, quando o senador Ciro Nogueira Filho, presidente nacional do PP, deverá concorrer a governador. Porém, no caso de Sílvio Mendes, ficou claro que o efeito pretendido era também afastá-lo da disputa interna pela candidatura majoritária do PSDB no pleito deste ano. O prefeito esqueceu um detalhe importante: quem seria o grande indicado a sua sucessão?
Quase que por inércia terminou ficando Kleber Montezuma, que aparece com pouco mais de dois pontos percentuais em recente pesquisa pré-eleitoral realizada pelo Instituto Credibilidade Piauí, atrás de Dr. Pessoa (MDB), do secretário da Segurança Pública, Fábio Abreu (PL), Fábio Novo e Silas Freire. Destaque para a diferença percentual entre Dr. Pessoa e Kleber, quase na casa dos 35%. É claro, nada é impossível em termos de eleição, contudo, não será através do desespero que se dará a virada de jogo tão sonhada pelo PSDB e aliados.
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