Política

Bolsonaro vai fugir. Mais um jornalista afirma isso

É a única saída que ele tem para não ser preso


Reprodução Bolsonaro vai fugir. Mais um jornalista afirma isso
Há possibilidade concreta de fuga de Bolsonaro

Por Ricardo Noblat, jornalista, no Metrópoles

O tema da possível fuga de Bolsonaro está sendo discutido por alguns jornalistas, como Renato Rovai, Elio Gaspari e Ricardo Noblat. Essas declarações geram bastante repercussão e alimentam a especulação sobre o futuro político do ex-presidente. 

Você acha que essas afirmações podem ter algum fundamento, ou são apenas uma forma de pressão política?

Com seus familiares e amigos de estrita confiança, Bolsonaro tem discutido o que poderá fazer caso o Supremo Tribunal Federal o condene e mande prender pelos crimes de tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa e danos ao patrimônio público.

Se apenas fosse condenado, ele não pensaria em fugir. Mas sabe que uma condenação será acompanhada da ordem de prisão. E a única chance de não ser preso e cumprir a pena em uma unidade militar é fugir. Seria arriscado demais não o fazer à espera de que um presidente aliado se eleja em 2026 e perdoe seus crimes.

De resto, como ter certeza de que o aliado vencerá Lula, candidato a um quarto mandato? Como ter certeza de que ele não o trairá, deixando-o mofar na prisão? Bolsonaro já provou ao longo de sua vida o sabor da traição, inclusive de mulheres, e detestou. Quem gostaria? A política é também uma história de traição.

O tenente-coronel Mauro Cid foi o faz tudo de Bolsonaro enquanto ele governou. Ganhou o cargo por indicação do pai, o general Mauro Cesar Lourena Cid, amigo de Bolsonaro desde a época da Academia Militar de Agulhas Negras nos anos 1970. O Exército, feliz com a eleição de Bolsonaro, chancelou a indicação.

O general ganhou também de Bolsonaro o cargo de diretor do escritório da Agência Brasileira de Promoção e Exportações e Investimentos, em Miami. A agência não é estatal, mas financiada com dinheiro público. De lá, o general, a pedido do filho, meteu-se na venda de joias que Bolsonaro roubou do Estado brasileiro.

Pois não é que o tenente-coronel Mauro Cid contou tudo ou quase tudo o que sabia à Polícia Federal em troca de uma pena mais branda e da exclusão do seu pai de qualquer denúncia? Se não o tivesse feito, Bolsonaro não estaria tão encrencado como está. Encrencado e orientado a não confrontar Mauro Cid.

Bolsonaro disse em 2021 que só encerraria o mandato preso, morto ou com vitória. Foi derrotado, vive e não foi preso. Depois da eleição de Lula, Bolsonaro disse e repetiu que só morto apoiaria outro candidato para disputar a eleição presidencial de 2026. Segue repetindo isso para chantagear os aspirantes ao seu apoio.

A direita torce para que ele não cumpra a palavra. E para que não demore em apoiar outro nome. Só existe um: o do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo. O apoio tem de ser dado sem pressa para não parecer que Bolsonaro cedeu às pressões, nem devagar demais para que não se torne inútil.

A demora excessiva seria mais prejudicial do que a pressa. Não se constrói uma candidatura a posto majoritário da noite para o dia. Dividida, a direita marchará célere para a derrota. Tarcísio pode não saber para onde quer ir. Mas tem feito tudo que está ao seu alcance para agradar a Bolsonaro e atrair seu apoio.

Tic, tac, tic, tac, bate o relógio a contar o tempo que falta para Bolsonaro ser condenado e preso. Ou preso e condenado. Atenção, Alexandre de Moraes: a segunda opção frustraria o plano de fuga.

Veja mais em:

Bolsonaro vai fugir do Brasil, alerta Rovai

ALERTA (de novo): Bolsonaro vai fugir! Ele “pedirá asilo diplomático”, diz Elio Gaspari

Siga nas redes sociais

Deixe sua opinião: