Assessores de Carlos Jordy e Sóstenes Cavalcante são alvo da PF
A suspeita é que eles cometeram o crime de desvio de cotas

A Polícia Federal (PF) realiza na manhã desta quinta-feira (19) uma operação contra assessores assessores dos deputados bolsonaristas Carlos Jordy (PL-RJ) e Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), porta-voz de Silas Malafaia e herdeiro político de Eduardo Cunha (Republicanos), são alvos da operação Rent a Car, desencadeada pela Polícia Federal (PF) que visa desarticular um esquema de corrupção com cotas parlamentares.
Os alvos são suspeitos de participar de um esquema de desvio de verbas de cota para o exercício da atividade parlamentar - dinheiro para financiar atividades relativas ao mandato, como passagens aéreas, alimentação, aluguel de carro e combustível.
A operação cumpre seis mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro, Tocantins e Distrito Federal. A operação recebeu o nome Rent a Car (alugue um carro, em inglês) e se refere ao modo de atuação dos investigados, que utilizaram uma empresa de locação de veículos para simular contratos de prestação de serviços.
“As investigações apontam para a existência de um esquema criminoso caracterizado pela interação entre os setores público e privado, no qual agentes públicos e empresários teriam estabelecido acordo ilícito para o desvio de recursos públicos oriundos de cotas parlamentares”, detalhou a PF em nota.
Os mandados foram expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), corte máxima da Justiça brasileira que autoriza investigações que envolvam, de alguma forma, agentes públicos com foro privilegiado, como deputados federais.
O deputado Sóstenes Cavalcante informou que concederá entrevista coletiva às 12h30, no Salão Verde da Câmara dos Deputados. Pelo X (antigo Twitter), ele afirmou que foi informado da operação por meio da imprensa. “Podem revirar tudo, não irão achar nada!”, disse.
Procurado pela Agência Brasil, a assessoria do deputado Carlos Jordy informou que enviará uma nota “assim que houver”.
A Agência Brasil procurou o diretório fluminense do PL e aguarda retorno.
Os crimes apurados pela PF são peculato (quando funcionário público se apropria de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular), lavagem de dinheiro e organização criminosa. O processo corre em sigilo de Justiça.
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