Pensar Piauí

Hacker de Teresina

Hacker de Teresina

Nos anos 70, o norte-americano John Draper conseguiu efetuar ligações gratuitas através de um apito que era dado como brinde em caixas de uma marca de cereal. O brinquedo, tinha uma sonoridade idêntica ao tom utilizado na época, pelas empresas de telefonia, para liberar uma nova chamada. Essa seria uma das primeiras oportunidades onde um hacker utilizaria seus conhecimentos para burlar um sistema. Mas o que é um hacker? Apesar de a palavra ser bastante conhecida, não se sabe ao certo quando ela teria surgido. Porém, ainda na década de 1960 começou a ser utilizada para denominar a atitude de utilizar recursos implícitos para a programação e modificação de sistemas de informática, no intuito de resolver problemas, não necessariamente para fins ilegais. Apesar da construção da imagem negativa a cerca dos hackers, formulada a partir de casos como o de Draper, hoje, o ativismo social é uma bandeira levantada por eles. “A maioria das notícias que vemos sobre hackers são negativas, sempre é noticiado alguém que roubou alguma senha, invadiu sistemas, porém, isso é de todas as atividades. Nós, hackers, temos o conhecimento necessário, vai de cada um usar ou não para o bem”, explica o coordenador da Associação Piauiense de Software Livre (APISoL), Lucas Marcos, que através do projeto Teresina Hacker Clube (THC), busca alternativas para beneficiar a sociedade. Seguindo o objetivo de criar alternativas para uma sociedade melhor, uma das iniciativas do Teresina Hacker, é um indexador de dados públicos, batizado de Peba, disponível em plataforma virtual, que “cava” em busca de informações sobre os gastos de deputados estaduais e federais. Ainda dentro do âmbito social, uma das propostas do THC, é o projeto “Mão Amiga”. O objetivo é desenvolver, através de uma impressora 3D, próteses de baixo custo para deficientes físicos. Segundo o coordenador da APISoL, Lucas Marcos, “a prótese sendo vendida hoje no mercado, com todas as funcionalidades, varia de 35 mil a 50 mil reais, ou até um pouco mais. A prótese feita com a impressora, teria um custo final, de algo em torno de 180. Já trabalhando com uma impressora 3D própria, carinhosamente batizada de “tapioca”, o grupo de hackers se prepara para fabricação da segunda versão da prótese, que atualmente está sendo impressa.

ÚLTIMAS NOTÍCIAS