Rússia diz que decisão da Anvisa de barrar Sputnik V é “política”
Na segunda-feira (26/4) agência negou pedido de importação, distribuição e aplicação do imunizante russo
Os fabricantes da vacina Sputnik V, desenvolvida na Rússia para combater a Covid-19, criticaram a decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de negar o pedido de importação do imunizante para o Brasil e atribuíram o fato a uma “decisão política”.
“Os atrasos da Anvisa na aprovação da Sputnik V são, infelizmente, de natureza política e não têm nada a ver com acesso à informação ou ciência”, rebateram os produtores da vacina pelo Twitter. O posicionamento é do Instituto Gamaleya e do Fundo Russo de Investimento Direto.
Prezada @anvisa_oficial, não temos tempo a perder – deixe-nos começar a salvar vidas no Brasil ??. Juntos. A Sputnik V foi autorizada em 61 países com uma população de mais de 3 bilhões de pessoas.
— Sputnik V (@sputnikvaccine) April 26, 2021
Testes clínicos em 5 países e vacinação no mundo real em mais de 40 países mostraram que a Sputnik é uma das vacinas mais seguras e eficientes do mundo. México, Argentina, Hungria e outros compartilharam publicamente dados de que a Sputnik V é a escolha mais segura.
— Sputnik V (@sputnikvaccine) April 26, 2021
Salvar vidas é mais importante do que barreiras e política. Juntos somos mais fortes!✌️
— Sputnik V (@sputnikvaccine) April 26, 2021
Eles lembraram que, em março, o Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos admitiu ter pressionado o governo brasileiro para rejeitar a compra da vacina russa. A informação foi confirmada no relatório anual do governo norte-americano.
No momento em que a reunião acontecia, os desenvolvedores da vacina informaram ter compartilhado com a Anvisa mais documentos do que os solicitados pelas autoridades de 61 países onde a vacina tem o uso emergencial autorizado. Além da Rússia, Argentina, México, Paraguai e Hungria já aprovaram a Sputnik V.
"A Sputnik V compartilhou com a Anvisa todas as informações e documentações necessárias, muito mais do que o utilizado para homologar a Sputnik V em 61 países. Esperamos que a ciência, e não a pressão de outro país, seja usada para a tomada de decisão", finalizou.