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Prefeitura de Teresina zerou contracheque de professores em greve, afirma pré-candidato do PSTU

Segundo ele, Firmino Filho inaugura agora, em tempos de Covid-19, um outro tipo de assédio contra os servidores: “o assédio à distância"

Foto: WhatsAppGervásio Santos
Gervásio Santos

 

Gervásio é um dos que deixaram de receber e afirma que o corte é perseguição aos profissionais que não aderiram ao Ensino a Distância.

O pré-candidato a prefeito de Teresina pelo PSTU, Gervásio Santos, denuncia corte de salário de trabalhadores da Educação da rede municipal que estão em greve desde o dia 10 de março devido o prefeito Firmino Filho (PSDB) ter se recusado a pagar integralmente o Piso do Magistério.

“Além de se tratar de um corte truculento, que revela perseguição aos trabalhadores e trabalhadoras em educação em greve, os cortes salariais são uma forma de pressionar os professores para aderirem a uma forma bastante precarizada e excludente de ensino, durante a pandemia. Essa forma de educação de fachada, além de deixar milhares de crianças sem o devido acompanhamento, deixa ainda de lado outras tantas que não tem sequer acesso à internet”, afirma Gervásio.

De acordo com o pré-candidato do PSTU, “esta forma de reprimir grevistas está no DNA do PSDB e segue a cartilha de assédio que vinha sendo implantada há anos por Kleber Montezuma, o pré-candidato tucano”. Segundo ele, o prefeito Firmino Filho inaugura agora, em tempos de Covid-19, um outro tipo de assédio contra os servidores municipais: “o assédio à distância.”

“No caso da educação, Firmino força educadores a trabalharem sem as mínimas condições de garantia de qualidade no processo ensino-aprendizagem, prejudicando sobretudo os filhos de trabalhadores e trabalhadoras das periferias”, explica.

Gervásio Santos, que também é trabalhador da educação municipal de Teresina, é um dos professores que receberam contracheque zerado referente ao mês de agosto. “Essa prática de cortes de salários já era implantada pelo ex-secretário de educação Kleber Montezuma, cujo método é de perseguição e assédio aos trabalhadores da educação. O projeto de Montezuma é implementar este mesmo modo de perseguir e assediar em toda a máquina administrativa municipal e atingir todas as categorias. Neste sentido, não há diferença entre os métodos de Firmino, Montezuma e da truculência do governo Bolsonaro”.

Está agendada uma Assembleia Geral da categoria para o dia 11 de setembro, no sentido de debater essas medidas da prefeitura e da Semec, além de discutir a pauta da volta das aulas presenciais que Firmino e Montezuma defendem. O Sindserm e a maioria da categoria de trabalhadores da educação são contrários ao retorno das aulas presenciais enquanto houver risco de morte pela Covid-19.

“Acreditamos que o Sindicato dos Servidores Municipais de Teresina (Sindserm) esteja tomando as devidas medidas legais para reverter o corte de salários dos trabalhadores municipais que não aderiram ao ensino remoto”, completa o pré-candidato a prefeitura de Teresina.

Recentemente houve mais uma morte de uma professora na rede municipal por causa dessa doença.

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