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Piauiense premiada pelo Innovare, promovido pela Globo

Ela é Maria Zelma de Araújo Madeira

Foto: Portal de Notícias do CearáZelma Madeira
Zelma Madeira

 

Com a apresentação do jornalista Heraldo Pereira (Globo) aconteceu hoje (01.12.2020), às 11:00 horas, a celebração dos finalistas ganhadores do 17º Prêmio Innovare, do Instituto Innovare – uma instituição sem fins lucrativos que tem como objetivos principais e permanentes a identificação, premiação e divulgação de Práticas do Poder Judiciário, do Ministério Público, da Defensoria Pública e de advogados que estejam contribuindo para a modernização e democratização do acesso ao Sistema Judiciário Brasileiro.

À frente do Instituto Innovare está o ex-Ministro do STF, Carlos Ayres Britto. Desde 2004, já passaram pela comissão julgadora do Prêmio Innovare mais de cinco mil práticas vindas de todos os estados do país. O prêmio é composto por oito etapas, a saber (1) Fase Preparatória Anual, (2) Abertura de Inscrições, (3) Encerramento das Inscrições, (4) Visita dos Consultores, (5) Período de Avaliação dos Jurados, (6) Reunião para a Escolha dos Vencedores, (7) Cerimônia de Premiação e, (8) Inclusão das Práticas no Brasil. Em 2020, várias práticas disputaram a final em 12 (doze) categorias.

Dentre as categorias, destaca-se a Categoria Justiça e Cidadania, com duas indicações finalistas: a primeira, Aprendizagem profissional como alternativa ao combate do trabalho infantil no meio rural – Local: Santa Cruz do Sul (RS) – Autoria: Associação Instituto Crescer Legal – Responsável: Dr. Iro Schunker (presidente) e Nádia Fengler Solf (gerente do Instituto); a segunda, e também a escolhida da categoria: Campanha Ceará Sem Racismo - Respeite minha história, respeite minha diversidade - Local: Fortaleza (CE) - Autoria: Coordenadora Especial de Políticas para a Igualdade Racial (CEPPIR), Maria Zelma de Araújo Madeira e Maria do Perpétuo Socorro França Pinto, Secretária de Proteção Social, Justiça, Cidadania, Mulheres e Direitos Humanos do Estado do Ceará.

O governo Estadual do Ceará está de parabéns pelo trabalho invejável da professora doutora Zelma Madeira, docente da UECE, em Fortaleza (CE), à frente da CEPPIR. Zelma Madeira é um dos grandes talentos que o Piauí exportou para o mundo. Graduada em Serviço Social pela UFPI (Teresina), mestre e doutora em Sociologia pela UFC (Fortaleza), natural de Aroazes (PI) tem dedicado boa parte de seu tempo à elaboração de projetos que visam combater o racismo sistêmico e estrutural no país.

A campanha “Ceará sem Racismo – Respeite minha história, Respeite minha diversidade” foi premiada nacionalmente pelo Innovare 2020. Lançada em novembro do ano passado pelo Governo do Estado, a campanha concorreu com outros 646 projetos de todo o País. O resultado foi anunciado neste dia 1º de dezembro do corrente ano. A referida campanha aciona a memória e o sentimento de pertença através das imagens de heróis do Brasil e do Ceará que contribuíram com a nação simbolizando resistência e representação identitária.

Segundo informações da CEPPIR, desde o início, a campanha percorreu 13 municípios cearenses promovendo formação com gestores, servidores públicos e movimentos sociais, de modo a despertar formas de enfrentamento ao racismo estrutural e prestar assessoria aos municípios para o fortalecimento e criação de conselhos de igualdade racial.

Ainda nesse período, foram alcançadas 2.100 pessoas de Fortaleza, Horizonte, Maracanaú, Aquiraz, Caucaia, Ocara, Palmácia, Jijoca de Jericoacoara, Sobral, Juazeiro do Norte, Pentecoste, Quiterianópolis e Icapuí. Durante a pandemia do novo coronavírus (Covid-19), através das lives e encontros virtuais, foram alcançadas outras 2.987 pessoas de 47 municípios interioranos.

Ressalta exaustivamente a professora Zelma Madeira que racismo é crime. Salienta que “receber esse prêmio é o reconhecimento ao trabalho que desenvolvemos no Estado tanto dentro da máquina estatal quanto na sociedade como um todo em prol da justiça racial e do reconhecimento étnico”.

Adianta também a pesquisadora piauiense que “a campanha fortalece a luta antirracista ao abrir oportunidade de reconhecimento aqueles que sofrem o racismo, ao tempo em que também dialoga com a sociedade como um todo para que entendam como o racismo estrutural nos afeta”.

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