Pensar Piauí

Piauí teve o 2º maior crescimento da economia

Quem cresceu mais foi Mato Grosso

Foto: Google ImagensPIB
PIB

O Piauí foi o segundo estado brasileiro que mais cresceu, economicamente, em 2017. De acordo com a Agência IBGE Notícias, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o Produto Interno Bruto (PIB) piauiense cresceu 7,7%. Próximo dos oito pontos percentuais, a economia do Piauí só cresceu menos do que Mato Grosso, o estado campeão do ranking nacional, cujo PIB foi 12,1% elevado. Como o estado nordestino tem uma das cinco menores economias estaduais, a informação pode ser interpretada com certo desdém no contexto nacional.

Afinal, a participação piauiense, no PIB brasileiro, corresponde a apenas 0,7%. Nesse aspecto, o Piauí mantém ou teria mantido seus parâmetros históricos de contribuição para o crescimento da economia brasileira. Porém, tal performance, se tornando a segunda economia estadual com maior crescimento proporcional, é importante não apenas pelo que representa em si. Crescer 7,7%, num ano em que o PIB do Brasil aumentou 1,3%, segundo o IBGE, sim, é significante, pois de certa forma reverte uma conjuntura desfavorável.

Ao mesmo tempo, indica que há dinamismo no panorama econômico piauiense, senão não se destacaria como o segundo estado com maior elevação proporcional. De qualquer forma, esse dado confirma uma tendência histórica iniciada em meados da década de 1990, e intensificada desde o início do século XXI. Até a primeira metade dos anos 90, a renda per capita do Piauí representava, comparativamente, metade da do Nordeste, que por sua vez, quantificava a metade da nacional.

PIB cresceu 84% 

Até então, o estado era reconhecido nacionalmente como o mais pobre do Brasil. Permaneceu com esse estigma por décadas, sendo inclusive motivo de chacota em todo o País, especialmente nas ricas unidades das regiões Sul e Sudeste. Do ponto de vista meramente estatístico, o ritmo de crescimento da economia piauiense, em 2017, poderia, portanto, não dizer muita coisa. No entanto, é necessário considerar que, sim, o PIB do Piauí cresceu 84%, de 2002 a 2015, e o PIB per capita aumentou mais do que cinco vezes, no mesmo período.

O per capita passou, em 2002, de R$ 2.440,70, para, em 2015, R$ 12.218,51, uma alta de 400,61%. Foi o Estado em que o valor do PIB per capita mais cresceu entre todas as unidades da federação, mas ainda muito distante do PIB per capita brasileiro, que correspondia a R$ 29.326,33. Em relação ao PIB, que se refere estritamente à economia, o crescimento médio anual foi de 4,8%, no caso do Piauí, o que é expressivo e compatível com o ritmo da economia do País, no mesmo período, sob os governos do PT.

No estado, também sob dois mandatos do atual governador petista Wellington Dias, que segue seu quarto mandato – e um terceiro, compartilhado por Wilson Martins e José Filho –, a economia avançou muito. E os números frios comprovam tal premissa. O mais importante é que a distribuição de renda e as condições de vida média da população melhoraram bastante, e se refletem na multiplicação, por quatro, do PIB per capita. Com os programas de distribuição de renda, nos governos Lula e Dilma, a brutal desigualdade local foi reduzida.

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