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Piauí prepara logística para aplicação de terceira dose

O reforço será feito em idosos acima de 70 anos e pessoas imunossuprimidas, a partir do dia 15 de setembro

Foto: SesapiVacina contra a Covid-19
Vacinação contra a Covid-19 no Piauí

Após anúncio do Ministério da Saúde de começar a aplicação da terceira dose da vacina contra a Covid-19 em idosos acima de 70 anos e pessoas imunossuprimidas, a partir do dia 15 de setembro, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) já está preparando a logística junto as regionais de saúde e municípios para a imunização desse público. 

De acordo com o secretário Florentino Neto, a Sesapi vem trabalhando para garantir a imunização de todos os piauienses e cumprindo todas as medidas estabelecidas no Plano Nacional de Imunização. "Nós temos todo o trabalho do Governo do Estado do Piauí por mais vacinas, estamos em tratativas finais para aquisição de vacinas do Butantan conforme o termo que assinamos este ano. Agora, com esta possibilidade da terceira dose da vacina, aguardamos a consolidação desta informação, baseada em informações técnicas científicas. O Piauí está preparado e a medida em que for recebendo as vacinas vai iniciar esta terceira aplicação”, enfatiza o gestor. 

Segundo o Ministério da Saúde, o reforço vacinal será com a o imunizante da Pfizer e terá o intervalo da segunda dose de 28 dias para pessoas imunossuprimidas e pelo menos seis meses para idosos acima de 70 anos.

“A expectativa para o dia 15 de setembro é que todos os municípios já tenham concluído a vacinação, em primeira dose, de todo o público adulto (18 a 59 anos), e assim possa iniciar o reforço nesta população mais vulnerável”, explica a diretora de Vigilância em Saúde da Sesapi, Cristiane Moura Fé. 

Na primeira etapa de vacinação, com a aplicação de duas doses ou dose única, o Piauí imunizou 212.176 pessoas de 70 anos ou mais, ultrapassando a meta para estes públicos estabelecida pelo Ministério da Saúde. “Já as pessoas imunussuprimidas foram vacinadas no grupo de comorbidades, e as doenças que se enquadram como tal são estabelecidas pelo Plano Nacional de Imunização”, destaca a diretora.

Na nota técnica do ministério também foi comunicado que a partir de setembro, o intervalo entre as doses da Pfizer e AstraZeneca passará de 12 para 8 semanas para toda população.

Dose de reforço é indicada

Segundo o ministério, as decisões foram tomadas em conjunto com Conass, Conasems e a Câmara Técnica Assessora de Imunização Covid-19. Na semana passada, os diretores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendaram a dose de reforço em "caráter experimental", para idosos acima de 80 anos e pessoas com a imunidade comprometida que tomaram a vacina CoronaVac.

Um estudo realizado pelo Instituto do Coração (InCor) e Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) também apontou a necessidade desse reforço em pessoas com mais de 55 anos que receberam a CoronaVac.

No entanto, estudos também apontam que outras vacinas podem perder a proteção e uma dose extra pode ser necessária para algumas pessoas. Uma pesquisa feita no Reino Unido, por exemplo, apontou que a proteção após o esquema vacinal completo da Pfizer diminuiu de 88% em um mês para 74% em até seis meses. No caso da AstraZeneca, a queda foi de 77% para 67% até cinco meses.

Países como Israel e Chile já começaram a aplicar a dose de reforço. Na semana passada, os Estados Unidos anunciaram que a dose extra será dada a partir de setembro.

O ministério também disse que o intervalo entre as doses da Pfizer e da AstraZeneca será reduzido a partir de setembro: passará de 12 semanas para 8 semanas. O governo ainda não detalhou como será feita essa antecipação e disse que uma nova orientação sobre as recomendações será enviada aos gestores em breve.

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