Movimento luta por Delegacia da Mulher para Paulistana
Tudo isso acontece por conta do alto índice de violência doméstica registrado na cidade e também pelos casos feminicídios que aumentaram desde 2020
Um movimento de mulheres juntamente com a sociedade civil da cidade de Paulistana, a 470 km de Teresina, estão na luta para conseguir viabilizar a Delegacia Especializada da Mulher para o município.
A professora e supervisora municipal da EJA, Fátima Vieira, é a idealizadora do projeto. Fátima também é do movimento quilombola e militante. Juntamente com Luzinalva Rodrigues e Mônica Xavier, iniciaram a coleta de assinaturas dos representantes do poder público e da população para reivindicarem junto ao Governo do Estado a Delegacia da Mulher de Paulistana.
Tudo isso acontece por conta do alto índice de violência doméstica registrado na cidade e também pelos casos feminicídios que aumentaram desde 2020.
De acordo com o Major Félix, da PM de Paulistana, a cada 10 ocorrências, 9 são de violência contra a mulher.
No dia 8 de novembro, Fátima e Mônica participaram de uma audiência pública na Câmara de Vereadores para tratar sobre o assunto e buscar apoio para a causa. Na oportunidade, todos os vereadores e vereadoras prestaram solidariedade às famílias das vítimas e assinaram o abaixo-assinado.
Fátima Oliveira contou como começou o movimento. “Desde que teve início a lei Maria da Penha, que eu sentia falta de algo concreto para que essa lei surtisse efeito. Já fui candidata a vereadora nas últimas eleições, e a reivindicação da instalação da Delegacia Especializada da Mulher para nossa Paulistana e região era um dos meus principais projetos. Não atingindo a votação para me eleger, continuei acompanhando com informações o aumento dos casos de violência contra a mulher em nossa cidade e, ao mudar de emprego, passando a ter mais tempo livre, não pensei duas vezes, a hora era agora, e juntamente com duas companheiras iniciamos o movimento por meio de manifestos para demonstrar a nossa indignação com a violência que ganha espaço a cada dia. Nasceu a ideia de elaborarmos um requerimento com o objetivo de solicitar para o município a Delegacia Especializada em Defesa da Mulher”, destacou.
Até agora, o manifesto segue tendo apoio e já foi assinado pelo prefeito, primeira-dama, padre, professores e diretores escolares, membros do movimento quilombola, presidentes de associações e pela sociedade em geral. As câmaras municipais de Acauã, Queimada Nova e Jacobina e lideranças políticas também estão apoiando o manifesto. O requerimento com as assinaturas será entregue ao governador Wellington Dias.
Veja o vídeo de uma das ações e fotos das assinaturas:
Foto: Arquivo pessoal
Foto: Arquivo pessoal
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Foto: Arquivo pessoal
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