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Morte de crianças em Blumenau: veja relato de mãe e professora

Professora trancou bebês no banheiro ao saber de ataque com quatro mortos em Blumenau

Professora trancou bebês no banheiro ao saber de ataque com quatro mortos em Blumenau

Uma professora de maternal da creche em Blumenau que foi atacada na manhã desta quarta-feira (5) relatou que trancou os bebês no banheiro ao saber da invasão no Centro de Educação Infantil Cantinho Bom Pastor. 

Segundo Simone Aparecida Camargo, ela estava com os pequenos, os preparando para ir até o pátio, como de costume, para tomar banho de sol. Em seguida, a parceira de sala dela chegou correndo e pediu para que fechasse a janela.

À reportagem, a professora relata que pensou ser um assaltante tentando refúgio dentro da escola. Então, colocou as crianças dentro do banheiro e as trancou para mantê-las em segurança. 

— Aí já vieram bater na porta, dizendo que ele entrou matando. Ele foi no parque para matar. A turma do pré estava toda lá fazendo uma roda de conversa e ele invadiu — disse Simone.

Foto: Patrick Rodrigues/SantaPais e mães desesperados
Pais e mães desesperados

Mãe de criança relata desespero em creche após tragédia em Blumenau: "Me joguei no chão"

Desespero. É assim que Stephanie dos Santos Sestrem descreve o cenário da creche.  A filha dela estudava no local, mas, por sorte, não ficou ferida.

A mãe conta que estava no trabalho quando percebeu que uma amiga começou a ligar várias vezes. Depois, uma colega entrou na sala onde Stephanie estava e contou que uma pessoa tinha invadido a escola onde a filha dela estudava.

— Na hora eu, desesperada, me joguei no chão, comecei a chorar e pedi "pela amor de Deus me leva para lá". Nessa hora, eu abri o meu celular e vi que tinha uma mensagem, da diretora da escolinha, falando do ataque e pedindo para que eu fosse buscar minha filha — relata.

Ainda segundo Stephanie, ao se aproximar da escola, foi possível ver uma aglomeração de pessoas próximo a unidade, inclusive de funcionários que estavam com a roupa manchada com sangue.

— Como não dava para passar de carro, eu saltei do carro e comecei a correr para ir pra lá. Chegando na frente tinha muitos pais e professoras com a camisa com sangue, muitas ambulâncias. Eu estava desesperada na hora, só queria sair dali e pegar a minha filha — relembra.

A filha dela, que tem um ano e sete meses, estuda no berçário da unidade, mas não ficou ferida.

— Eu estou em choque até agora, porque isso é notícia que a gente recebe, é de escolas e creches que acontecem nos Estados Unidos, São Paulo, coisa que a gente não imagina que vai acontecer aqui — pontua.

Com informações NSC

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