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Mídia corporativa protege e blinda Luciano Huck, denuncia ombudsman da Folha

“Huck pode seguir tranquilo. A depender da Folha, os sinais são de que não será incomodado”, escreveu Flávia Lima

Foto: El PaísLuciano Huck, escolhido pelos bilionários para disputar a presidência em 2022 e defender os interesses dos mais ricos
Luciano Huck, escolhido pelos bilionários para disputar a presidência em 2022 e defender os interesses dos mais ricos

 

A jornalista Flávia Lima, ombudsman da Folha de S.Paulo, disse que o apresentador da Rede Globo, Luciano Huck, que deve ser candidato à presidência em 2022, é protegido pela grande imprensa do país.

“Desde que sua candidatura se tornou o sonho de um grupo de tucanos da velha guarda, o apresentador da Rede Globo e empresário Luciano Huck mantém posição confortável na chamada grande imprensa”, escreveu ela, em texto publicado neste domingo (14).

“É tema recorrente nas páginas de política dos jornais e regularmente agraciado com espaços para escrever sobre tópicos de sua escolha. Mas não dá entrevistas, ocasiões em que suas ideias poderiam ser esmiuçadas, confrontadas e apresentadas ao leitor”, acrescentou Flávia.

"Já vimos o que acontece quando se trata com condescendência um candidato à Presidência deixando de informar ao leitor sobre quais são suas ideias e afinidades políticas – ainda que ele pareça inviável”, afirmou.

Flávia usou as prerrogativas de ombudsman e criticou o próprio jornal onde trabalha:“Huck pode seguir tranquilo. A depender da Folha, os sinais são de que não será incomodado, desfrutando de uma posição pouco comum entre políticos ou aspirantes a políticos: aparecer e falar, sem ser importunado com questionamentos”.

Mais de meia página

“No domingo (7), o jornal lhe franqueou mais de meia página no caderno Poder, onde Huck aproveitou para saudar os ‘heróis da resistência democrática’ (de profissionais da saúde a jornalistas, passando por políticos, empresários, professores, climatologistas e as Forças Armadas), ressaltar que a boa política vai salvar o país dos ‘ismos’ e se colocar entre os dispostos a se engajar na (re)construção do país”, completou.

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