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Kedma, a piauiense na Ucrânia, chega à fronteira com a Polônia e ganha passagem de volta ao Brasil

As duas colegas brasileiras estão com Kedma

Foto: InstagramLidiane Oliveira, Kedma Laryssa e Gabriela Zidoi
Lidiane Oliveira, Kedma Laryssa e Gabriela Zidoi

As três jogadoras brasileiras, que estão na Ucrânia em meio à guerra com a Rússia, chegaram a Lviv, cidade próxima à fronteira com a Polônia, na manhã deste sábado (5). As atletas contaram que já têm passagem de volta para o Brasil.

"Ganhamos as passagens em voo comercial, do Shakhtar, outro time ucraniano que tinha vários brasileiros jogando. Ainda não recebemos, só depois de passar a fronteira, de lá vamos para um hotel ou diretamente para o aeroporto", disse a jogadora piauiense Kedma Laryssa Santos Araújo, de 20 anos, que ainda não tem os detalhes do voo.

A atleta relatou que a viagem para Lviv foi cansativa.

Kedma, do Piauí, e as jogadoras Gabriela Zidoi, do Espírito Santo, e Lidiane Oliveira, de São Paulo, passaram cerca de 20 horas em um trem lotado.

"Muita gente dentro dos vagões. Um espaço muito pequeno e eles colocaram muita gente. Estávamos com muito medo do trajeto, de acontecer alguma coisa no caminho, mas graças a Deus não aconteceu nada e conseguimos chegar bem", contou.

Kedma, Gabriela e Lidiane estavam em Kryvyi Rih, no sudeste da Ucrânia, onde atuam juntas no clube de futebol ucraniano Kryvbas Women. Apesar da cidade ainda não ter sido atacada, o clima era de apreensão e as atletas estavam isoladas em um hotel, enquanto aguardavam orientação de quando poderiam deixar a cidade em segurança.

Ela esteve com a família em Teresina no fim do ano passado e voltou para Ucrânia início de janeiro. A atleta chegou a jogar a primeira fase do Campeonato Ucraniano e no dia que começaram os ataques, 24 de fevereiro, seu time se preparava para viajar para a Turquia, onde estava prevista a pré-temporada de jogos.

O Campeonato Ucraniano foi oficialmente suspenso, após a invasão da Rússia ao país. O clima na região é de insegurança e incerteza.

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