Governo prorroga quarentena até 21 de maio; aulas somente em 31 de julho
Pesquisa Amostragem estima que cerca de 4.500 casos estejam com coronavírus no Estado

Após longo reunião do Comitê de Organização Emergencial (COE) da Covid-19 no Piauí, que conta com a participação de 23 membros, representantes dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, das universidades públicas, Ministério Público, Governo Federal, Municípios e setor privado (entidades ligadas à ciência), foi aprovado por unanimidade e o Governo do Piauí acatou a decisão de prorrogação do decreto de isolamento social até o dia 21 de maio. A retomada das aulas na rede estadual está prevista apenas para 31 de julho.
Nesta quinta-feira, 30, o Estado tem a quarta melhor posição no Brasil em cumprimento de isolamento social, com 58,7% de adesão. O governador observou também os números referentes ao isolamento especial, que são 2.481 pontos de quarentena em 36 municípios, com pessoas provenientes de outros estados, além do isolamento daqueles que tiveram contato com casos confirmados de coronavírus. "Não podemos relaxar. Não é uma decisão pessoal. Seguimos um critério técnico, decidido por um colegiado, que teve um parecer na linha da ciência, da medicina", observou o governador.
Dados apresentados na reunião da Pesquisa Amostragem mostram que é 8,5 vezes maior o número de casos de Covid-19 no Estado em relação aos que oficialmente estão sendo registrados. Assim, dos 513 casos confirmados, na verdade seriam 4.500 casos em todo o Estado. Em sete dias, passaria para 8 mil casos e assim sucesstivamente, se mantiver o índice elevado de transmissão que se verifica atualmente.
Serão realizadas reuniões semanais até 21 de maio, para um acompanhamento das chamadas ondas de Covid-19 e, com base nisso, fazer avaliações. O COE também aprovou a criação do grupo de trabalho para a retomada gradativa das atividades no momento em que vários objetivos foram alcançados: diminuição do índice de transmissão (de R 2,2 para R1 / Brasil hoje é R 2,8), redução na curva de contaminação (casos confirmados e óbitos) e redução em internações (mais gente saindo da rede hospitalar que entrando).
Como ações estratégicas, o Estado vai investir mais na proteção dos profissionais da saúde, na proteção da população e na realização de mais exames para aqueles que estão nos serviços essenciais. Até o final da semana serão 311 leitos de UTI disponíveis. Devem ser endurecidas, ainda, a fiscalização nas redes bancárias, para evitar a aglomeração de populares, e as barreiras nas fronteiras estaduais e entrocamentos.
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