Política

Filha acusa senador Telmário Mota de estupro

Ele emitiu nota se defendendo

  • domingo, 21 de agosto de 2022

Foto: DivulgaçãoTemário Mota
Temário Mota

DCM - Uma filha do Senador Telmário Mota (PROS-RR) registrou boletim de ocorrência afirmando que o pai a assediou, tocando em suas partes íntimas e arrancando sua roupa no último Dia dos Pais ). O parlamentar nega e afirma ser vítima de perseguição política.

Em entrevista concedida ao G1, a filha do senador, de 17 anos, relatou que desde os acontecimentos, sente medo e uma “dor que não se acaba”.

“Por ele ser meu pai, por eu ter saído várias vezes com ele eu nunca imaginei [que isso aconteceria]. Desde pequena a gente mantinha contato, ele era distante, mas eu era a filha mais próxima dele. Ele nunca tinha dado sinal de um comportamento assim comigo, nunca. Nem para mim, nem para as outras filhas dele. Abalou todo o meu mundo”, disse.

O senador, em nota, afirmou que a filha passa “por um grave distúrbio psicológico”. Ele atualmente é casado com uma médica, com quem não tem filhos. A adolescente que fez a denúncia é filha de um relacionamento anterior dele.

O caso foi registrado na Polícia Civil como estupro de vulnerável. Após a queixa, a mãe da adolescente afirma que a juíza Graciete Sotto Mayor Ribeiro, da Vara de Crimes Contra Vulneráveis, concedeu uma medida protetiva em favor da garota.

Segundo a mãe, a medida proíbe o político de se aproximar da adolescente e da família dela, devendo manter distância de 500 metros. A assessoria do Tribunal de Justiça de Roraima informou que não pode dar informações sobre o processo por estar em segredo de justiça.

A assessoria jurídica do senador emitiu a nota abaixo sobre o caso, a qual será reproduzida na íntegra:

ESCLARECIMENTO A RESPEITO DAS MENTIRAS E CONTRADIÇÕES VEICULADAS NA MÍDIA

Primeiramente percebemos a espetacularização do caso e a motivação clara da mãe, apoiadora declarada do grupo opositor nas eleições de 2022, de atingir a minha candidatura ao expor a própria filha à imprensa nacional em uma narrativa mentirosa, vil e repugnante.

Uma vez que a mãe, ignorando a legislação e o sigilo absoluto de justiça que a lei determina, expôs o assunto à mídia nacional, necessário fazer algumas considerações e rebater totalmente as falsas acusações sobre mim:

Inicialmente necessário esclarecer que, infelizmente, minha filha possui problemas psiquiátricos sendo que já atentou contra a própria vida por várias vezes. A mãe da menor sempre escondeu tal assunto de mim que somente agora, após tais acusações, chegaram ao meu conhecimento.

Conforme relatório médico que tive acesso agora, mesmo após atentar várias vezes contra a própria vida a mãe da minha filha, além de não me comunicar dos fatos, contrariou a psicóloga da menor e se recusou a levá-la ao psiquiatra. Somente nesse ano a minha filha começou a frequentar o psiquiatra e iniciou o tratamento com remédios controlados.

Com relação as mentiras contadas à reportagem do G1, convém esclarecer que:

1)A adolescente afirmou que busquei ela em casa e que iria levá-la para um lago. Mentira. Busquei minha filha na casa do namorado e em momento algum cogitei de ir para um lago, pois é sabido que não funciona em tal horário;

2)Ao chegar na casa do namorado da minha filha, familiares dele estavam bebendo, conversando e me pediram para comprar alguns itens na loja de conveniência perto do local. Fui com a minha filha à loja e retornei logo em seguida;

3)Conforme imagens das câmeras de segurança, após 12 minutos retornei à casa. Dois minutos depois, eu já estava novamente em frente ao local, conversando com outras pessoas em um carro preto;

4)Não entrei novamente na residência, desmentindo a afirmação de minha filha de que gritei com ela mandando entrar para dentro do carro. Não é verdade. Conforme imagens do local, fiquei conversando com pessoas próximas e somente depois ela apareceu e entrou no veículo por sua própria iniciativa;

5)Importante esclarecer que, ao contrário do aduzido, não possuo armas ou porte de arma. Assim, não é verdade que ando armado e não estava com armas na data dos fatos;

6)Saímos novamente e ao contrário do que disse minha filha, jamais investi contra ela como também é mentira que tirei o celular de suas mãos. Conforme câmeras de vigilância do Posto Dois 90 (que está com alguns minutos adiantado), a menor não estava de maneira alguma assustada ou com receio de algo;

7)O vídeo mostra que minha filha estava com o celular no bolso, o que contradiz a afirmação de que eu teria tirado o celular dela para não pedir ajuda;

8)Cerca de 20 minutos depois, conforme imagens das câmeras de segurança, já havia retornado à casa no namorado dela para deixar a minha filha;

9)Por fim, a adolescente afirma que não deu o presente de dia dos pais, porém, conforme foto anexa, recebi o presente;

Repito que as supostas investidas contra a adolescente não são verdadeiras. Tivemos uma breve discussão em razão de não aprovar o seu relacionamento com o adolescente R, porém, em momento algum tive qualquer ação contra minha filha.

É cruel ser acusado de algo tão repugnante contra a própria descendente com quem sempre tentei ser um pai presente e ajudar emocional e financeiramente.

Me reservei apenas a rebater as acusações inverídicas constantes na matéria do G1, feitas pela menor e pela sua mãe. Porém, possuo diversos outros elementos de prova que, para não expor ainda mais a minha filha, somente irei apresentar à justiça após ser intimado para apresentar defesa.

É triste e lamentável que uma menor de idade, com problemas psicológicos, que já tentou tirar a própria vida seja exposta de tal forma para a mídia nacional para virar notícia em meios de televisão, rádio e jornal sobre fatos completamente mentirosos. Não compactuo com isso e irei desmentir na justiça todas essas afirmativas.

Tenho a certeza absoluta de que a verdade e a justiça prevalecerão.

Telmário Mota

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