De onde vem a ligação dos artistas sertanejos atuais com o nazifascismo?

Por Pedro Cardoso, no Instagran 

No país onde eu nasci existe muita beleza. Dois dos maiores artistas dele são Chico Buarque e Milton Nascimento. Eu tenho paixão pela obra dos 2. Sugiro essa gravação de Cio da Terra, de Chico.

A Milton se juntam outros 2 mestres das artes: Pena Branca e Xavantinho. Eu adoro música sertaneja, mas está da qual estes dois são exemplo.

A produção atual, obsessivamente interessada em questões de amor possessivo, me parece distante da verdade mais profunda do lugar onde se originou. É uma música de mega-shows, técnica para comunicação para multidões copiada da indústria norteamericana.

Eu me pergunto de onde vem a ligação dos artistas sertanejos atuais com o nazifascismo? Quase todos eles são apoiadores dele. Estou errado? E eu não consigo perceber as razões.

Qual é o vínculo entre eles. Identifico certa identidade sexual. Ambos enaltecem certa virilidade inequívoca, sem samba, sem gingado; uma sexualidade de homens distantes de suas feminilidades; uma sexualidade de machões com desejo de serem traídos e de se imporem ao mesmo tempo. Eu não entendo bem.

Até as duplas femininas ostentam essa sexualidade masculina. E tudo isso se assemelha a sexualidade dos nazifascistas; sexualidade infeliz de quem aprendeu a atirar com 5 anos de idade (ato criminoso de quem ensinou), antes de aprender a ler, portanto. Mas permanece o mistério: porque os sertanejos de hoje se identificam com o messianismo nazifascista de Messias?

Será porque quem os paga são os magnatas do agronegócio? E eles a eles se sentem atados? De fato, as cidades de onde eles vêm, e onde trabalham, são as capitais dos estados agrários. Será por vínculo econômico? Será um fenômeno novo ou sempre foi assim? Em quem votava Mazzaropi? Em suma: os interiores são mais conservadores do que os litorais? Se são, porque são? Com toda a internet de hoje já não há mais lugares isolados; ou o interior ainda é longe?

Bem, seja como for, sugiro Milton Nascimento, Chico Buarque, Pena Branca e Xavantinho; estes são meus conterrâneos. Os outros, são meus vizinhos. Basta-me olha-los de longe e ouvi-los baixinho.

Fiquem em casa! Até.