Lady Gaga maior que Madonna
Ela reuniu 2,1 milhões em Copacabana e bate recorde histórico de público feminino

Na noite deste sábado (3), Lady Gaga protagonizou o maior espetáculo de sua carreira e entrou para a história da música ao reunir 2,1 milhões de pessoas nas areias da praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. O megashow gratuito integrou o festival Todo Mundo no Rio e superou a apresentação histórica de Madonna em 2024, que havia registrado público de 1,6 milhão.
O evento contou com uma maratona de atrações. Antes de Gaga, o público foi aquecido com apresentações de Cat Dealers & DubDogz, às 17h30, seguidos por Pabllo Vittar em um DJ-set especial com o Club Vittar, às 19h30. Após o show principal, Tropkillaz e Duda Beat encerraram a noite em clima de festa.
Com 26 minutos de atraso, a "Mother Monster" surgiu no palco às 22h13, após a exibição de um vídeo introdutório de dois minutos. A apresentação começou com a poderosa "Bloody Mary", faixa do álbum Born This Way, sob aplausos ensurdecedores da multidão.
Emocionada, Gaga falou diretamente aos fãs brasileiros, acompanhada no palco por Nicolas Garcia, fã brasileiro a quem chamou de amigo. Com uma bandeira do Brasil nos ombros, ela agradeceu pela espera de mais de uma década:
“Esta noite estamos fazendo história, mas ninguém faz história sozinha. Sem todos vocês, esse povo incrível do Brasil, eu não teria esse momento. Obrigada por fazerem história comigo.”
A artista também explicou o motivo de sua longa ausência do país:
“Vocês me esperaram por mais de 10 anos. Talvez estejam se perguntando por que demorei tanto. A verdade é que eu estava me curando, me fortalecendo. Enquanto isso, vocês continuaram lá. Eu estou pronta. Hoje vou dar tudo de mim. Obrigada, Brasil. Amo vocês para sempre.”
Aos 39 anos, Lady Gaga ultrapassou Madonna e se tornou a artista feminina com o maior público da história. Segundo a Riotur, o número de espectadores só foi superado por três apresentações internacionais: Rod Stewart, que atraiu mais de 4,2 milhões na mesma praia no réveillon de 1994/1995; Jean-Michel Jarre, com 3,5 milhões em Moscou (1997); e Jorge Ben Jor, que reuniu cerca de 3 milhões também em Copacabana, na virada de 1993 para 1994.
O palco construído para o espetáculo de Gaga foi proporcional à grandiosidade do evento. Com 1.260 m² — quase 55% maior que o utilizado por Madonna — a estrutura ficou elevada a 2,2 metros da areia e contou com um painel de LED de última geração no fundo, além de 10 telões ao longo da orla para garantir visibilidade total.
Este foi o segundo compromisso oficial de Lady Gaga com o público brasileiro. A primeira visita foi em 2012, e um retorno previsto para o Rock in Rio 2017 precisou ser cancelado em cima da hora devido a fortes dores causadas por fibromialgia.
A prefeitura do Rio de Janeiro foi uma das principais patrocinadoras do evento. Entusiasta deste tipo de evento o prefeito Eduardo Paes não assistiu ao show. Ele viajou para os EUA. mas, através das redes sociais deixou um recado para os cariocas. Veja:
Também nas redes sociais, Eduardo Paes foi muito exaltado. Veja o que escreveu engenheiro Habib Jarrouge em seu perfil no X:
Tô vendo as imagens do show da Lady Gaga em Copacabana e pensando numa coisa: o Eduardo Paes manda bem demais. Tem gente que só olha o lado econômico — e ele existe: hotéis cheios, restaurantes lotados, empregos temporários, turismo, visibilidade internacional. Mas tem um outro lado que, pra mim, é até mais importante: o lado humano. Milhões de pessoas vivendo algo que talvez nunca mais vivam na vida. Gente que jamais teria dinheiro pra pagar um ingresso de R$ 800, R$ 1.000. Gente que tá há dois quilômetros do palco, sem banheiro, sem conforto — mas tá lá. Cantando, vibrando, pertencendo. Num país onde tá tudo tão difícil, onde tanta gente vive perrengue atrás de perrengue, um momento como esse não resolve a vida de ninguém, mas dá um respiro. Dá orgulho de estar ali. De ser parte de algo. De ter uma lembrança boa pra guardar. Isso também é política pública. Isso também é cuidar do povo. Parabéns, @eduardopaes. É disso que o Brasil precisa: de mais alegria pública, de mais acesso, de mais beleza compartilhada. Cultura também é dignidade.
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