Pensar Piauí

Crédito a juro zero

Não existe dicotomia entre salvar vidas e salvar a economia

Foto: ExameZero de juros
Zero de juros

Por Jesus Rodrigues, no facebook  

Em época de pandemia de corona vírus, tem ficado a cada dia mais  claro que para salvarmos o maior número de vidas possíveis precisamos de muitos equipamentos, leitos hospitalares com ventiladores, muita pesquisa para o desenvolvimento de protocolos, enfim, muita ciência. 

A cada dia também tem ficado mais claro que não existe dicotomia entre salvar vidas e salvar a economia; esta não funcionaria sem aquela. Mas para salvar a economia, ou diminuir os efeitos da pandemia o remédio se chama crédito na medida da necessidade do paciente.

Como já vem ocorrendo, para os setores mais vulneráveis crédito não reembolsável com ampliação do bolsa família e para trabalhadores informais.

Para trabalhadores públicos ou privados, nenhum prejuízo salarial até o limite de, pelo menos o teto do INSS, hoje pouco mais de $6.000,00.

Acima desse valor, para complementação das rendas que permita cada um cumprir suas obrigações: crédito na medida certa e a juro zero. 

Pequenos, médios ou grandes empresários que precisem de recursos para honrar compromissos com trabalhadores e fornecedores, por simples autodeclaração, teriam acesso ao crédito necessário. 

Em relação aos impostos devidos por pessoas físicas ou jurídicas a municípios, estados ou união, caso não tenha o caixa suficiente, seria concedido crédito necessário para isso ou o setor público poderia adiar o recebimento.

Não podemos deixar de tratar sobre a máquina pública que também terá uma redução significativa de suas arrecadações e, da mesma forma que os cidadãos e as empresas, o setor público deverá ter disponível o crédito necessário para atender suas necessidades.

No final dessa corrida por crédito o volume de recursos será bastante considerável, mesmo assim existe dinheiro suficiente no setor financeiro para bancar todas essas demandas sem cometerem o pecado da usura e o crime da agiotagem. 

Considerando que o poder público tem atuado fortemente no sentido de regular o ir e vir das pessoas, de determinar o que algumas empresas devem produzir neste momento, o poder público também deve regular que não é hora dos abutres voarem.

Em um outro texto abordaremos sobre o ressarcimento desses créditos.

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